Gabriela Carelli, do Estadão, entrevista o escritor David Rothkop, autor do livro "The Global Power Elite and the World They are Making". Neste livro aparece a relação de 6000 pessoas que se destacam no cenário mundial, mais pelo poder de influenciar pessoas do que por sua riqueza.
São citados o Presidente Lula, o Ministro Celso Amorim e também o escritor Paulo Coelho.
O senhor cita o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos membros da superclasse. O que o senhor tem a dizer sobre ele?Lula é uma espécie de porta-voz das nações em desenvolvimento. O sucesso do etanol brasileiro fez dele uma figura ainda mais relevante mundialmente. Ele é um dos poucos membros da superclasse que não cursaram as grandes universidades do mundo, o que, de certa forma, é um feito. Além de Paulo Coelho, quem são os outros brasileiros da superclasse?Há pelo menos duas dúzias. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é um exemplo. Suas iniciativas são muito relevantes e têm muita influência na agenda global. O senhor diz que essa nova elite é muito poderosa. Essa classe é comparável, historicamente, a alguma outra elite?Não, se atentarmos para o poder transnacional do grupo, que opera acima de muitos governos e, em alguns casos, coloca um governo contra outro. Outra diferença crucial é o fato de seus membros serem, em sua maioria, self-made men, mais de 60% deles do setor privado.
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