Ganhador do Nobel da Paz propõe que os bancos brasileiros cheguem até a pobreza.
O Prêmio Nobel da Paz de 2006, professor Muhammad Yunus, compareceu ontem ao Plenário do Senado, em caráter especial, para fazer pronunciamento sobre a criação do microcrédito – modalidade de empréstimo financeiro criado por ele na década de 70 para atender à população pobre de Bangladesh, sua terra natal. Os recursos servem para pequenos empreendimentos que geram emprego e renda - explicou. A instituição criada po Yunus denomina-se Banco Grameen, que empresta dinheiro – entre US$ 30 a US$ 100, em média, sem a exigência de contrapartidas de garantia ou outros papéis. Os principais clientes do banco são mulheres, que representam 97% dos 6,6 milhões de beneficiados pela instituição, cujo principal acionista é o governo local. Yunus disse que veio ao Brasil também para aprender sobre políticas de redução da miséria no país. Para ele, a mudança de mentalidade em relação à pobreza mundial "passa pelo domínio dos negócios", atividade estranha para um grande segmento de seres humanos, conforme analisou."Se a pobreza não chega aos bancos brasileiros, os bancos têm que chegar até a pobreza" - propõe Muhammad. O objetivo é "mudar as instituições colocando o conceito de negócios na pluralidade" – observando que "a educação ambiental para os pobres também tem sido uma prioridade no seu país"."Nós instalamos, com o microcrédito, cerca de 1,6 mil sistemas domiciliares de painéis solares e desestimulamos o desmatamento para a produção de lenha. Isso também faz parte do que chamo de negócio social", concluiu. (Com informações da Agência Senado).
Fonte: Espaço Vital.
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