sexta-feira, 6 de junho de 2008

CRISE AMERICANA - Riqueza dos americanos encolhe no trimestre.

Publicado no site Vermelho.

Riqueza dos americanos encolhe US$ 1,7 tri no 1º trimestre.

A riqueza dos norte-americanos diminuiu em US$ 1,7 trilhão no primeiro trimestre de 2008, em função da crise imobiliária e da instabilidade nos mercados de ações, informou hoje o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Esta é a segunda queda consecutiva e a maior a atingir a riqueza dos norte-americanos desde 2002, indica um relatório divulgado pela entidade.
Outro reflexo da atual crise financeira diz respeito à quantidade de capital imobiliário acumulada pelos americanos, que caiu 46,2%, número jamais registrado.
Por sua vez, o capital líquido das famílias americanas, ou seja, a diferença entre ativos e passivos, diminuiu 3%, para US$ 56 trilhões.
Segundo o relatório, o valor líquido imobiliário, tanto de residências como de empresas, sofreu uma redução de US$ 305 bilhões, enquanto os ativos financeiros tiveram uma desvalorização equivalente a US$ 1,3 trilhão.
A redução na riqueza dos americanos aferida entre janeiro e março foi maior que a registrada no último trimestre de 2007, de US$ 530 bilhões, segundo os números do Fed.
Desemprego.

A economia americana fechou 49 mil postos de trabalho em maio, enquanto a taxa de desemprego teve a maior variação em um mês desde 1986, chegando a 5,5%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho.
A economia americana vem registrando resultados negativos nos indicadores de trabalho desde o início deste ano. Os setores que mais perderam vagas foram os de manufaturas, construção, varejo e serviços profissionais e comerciais.
O número de pessoas desempregadas no país cresceu em 861 mil, chegando a 8,5 milhões de pessoas. O dado de maio sobre desemprego refletiu tanto o aumento no número de pessoas que perderam seus empregos quanto a chegada de mais pessoas ao mercado de trabalho, disse o responsável pelo escritório de estatísticas do departameno. Ele acrescentou que a pesquisa tende a ser mais volátil nos meses de abril a julho, devido ao fluxo maior de jovens no mercado de trabalho.
Segundo analistas, o aumento do desemprego nos EUA tende a piorar a confiança tanto do consumidor como do investidor americano na economia: na segunda-feira (2), o instituto Gallup informou que o otimismo dos investidores americanos caiu em maio ao nível mais baixo desde o começo da guerra do Iraque, em 2003; o índice caiu para 15 pontos em maio contra 22 no estudo anterior, em março. Há um ano, era de 95 pontos.

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