Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
CUBA - Cuba aprendeu a lição.
'Cuba aprendeu a lição', diz Amorim.
Ilha não quer mais depender economicamente de um único parceiro, como ocorreu com a URSS, afirma chanceler.
Denise Chrispim Marin, do Estadão.
Cuba deverá tornar-se um “tigre” na América Latina. Essa é uma convicção do governo brasileiro, para quem nenhum outro país no mundo pode contribuir para a transformação econômica da ilha como o Brasil. Um dia depois de dizer que o País quer converter-se no “parceiro número 1” de Cuba, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, conversou por quase três horas com o presidente cubano, Raúl Castro.Amorim convidou Raúl a visitar o Brasil em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde sua posse, Raúl não fez nenhuma viagem ao exterior. O próprio Amorim mostrou-se ciente de que, neste momento, dificilmente o presidente cubano prefira Brasília a Caracas como destino de sua primeira visita. Graças aos embarques de petróleo a preços subsidiados, a Venezuela continua a ser o primeiro parceiro da ilha.Na avaliação de Amorim, Cuba aprendeu as lições de sua histórica dependência de um único parceiro econômico - primeiro, os EUA; depois, a URSS; hoje, a Venezuela - e pretende diversificar suas relações. Ele tentou evitar, porém, que o encontro deixasse a impressão de que o Brasil está tentando desbancar a influência venezuelana na ilha: “Nós somos o parceiro número 1 da Venezuela também. Você está dando pouco crédito à generosidade do presidente (Hugo) Chávez. Sinceramente, não acho que vá haver esse ciúme”, disse Amorim. Para Amorim, “Cuba será uma espécie de tigre asiático na América Latina.” “Ao Brasil, interessa estar aqui no momento em que essas mudanças econômicas estão começando”, afirmou, referindo-se às reformas prometidas por Raúl ao assumir o cargo que era do irmão Fidel Castro, no início do ano. “Nenhum outro país tem a capacidade do Brasil de ajudar Cuba no desenvolvimento agrícola e industrial e na produção de alimentos.” O interesse brasileiro em Cuba, segundo Amorim tem “números e datas”. De fato, a construtora Odebrecht deverá montar um escritório em Havana para comandar a reconstrução de uma rodovia. A Petrobrás deve firmar no dia 28 uma parceria com a estatal Cupet para a exploração de petróleo em águas profundas no Golfo do México.Na outra mão, Cuba repassará sua tecnologia de fabricação do medicamento Interferon, que será produzido em larga escala no Brasil.Em suas conversas no alto escalão de Havana, nos últimos dois dias, Amorin obteve a confirmação da decisão de Raúl de enxugar a máquina administrativa, a partir de uma reforma na estrutura ministerial, e acabar com o câmbio duplo.
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