terça-feira, 10 de junho de 2008

CUBA - O governo dos EUA tem muito que aprender com Cuba.

O governo dos EUA tem muito que aprender com Cuba e não tem condição para ensinar a ninguém.

EM 4 de junho passado, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, apresentou o relatório anual sobre o Tráfico de Pessoas, de 2008, em que, por sexto ano consecutivo, o governo dos Estados Unidos incluiu Cuba na relação de países que acusa de não fazerem muitos esforços para enfrentar o suposto tráfico interno de crianças e mulheres para a exploração sexual e qualificou nosso país de destino de turismo sexual, e de outras graves e infundadas acusações.
Pela primeira vez, a potência imperial também decidiu incluir nesse relatório várias recomendações ao governo cubano sobre como enfrentar esse fenômeno.
Além do mais, o relatório ameaçou de sancionar os países acusados de descumprirem o requerimento da Secretaria de Estado na matéria, privando-os de receber assistência do governo dos Estados Unidos, assunto que para Cuba não tem menor importância, por estar submetida durante quase meio século a essa e a outras medidas que fazem parte do volumoso dossiê da política de bloqueio, aplicada com todo o rigor e crueldade para tentar curvar o povo cubano.
O Ministério das Relações Exteriores rejeita categoricamente o conteúdo deste novo relatório do Departamento de Estado, que ignora e deturpa a realidade cubana, em seu empenho de justificar a criminosa política de bloqueio, agressões e hostilidade do governo dos Estados Unidos contra Cuba.
O relatório pretende denegrir a obra social e moral da Revolução cubana, particularmente, a prioridade dada ao atendimento às mulheres e às crianças, bem reconhecida em nível internacional. Também tem em vista desacreditar o são e crescente desenvolvimento de nossa indústria turística, à qual negam completamente o acesso ao mercado dos Estados Unidos e tencionam menoscabar de qualquer maneira.
O governo dos Estados Unidos, e particularmente a administração Bush, cuja política atenta permanentemente contra os direitos humanos do povo cubano, não tem nenhuma moral nem credibilidade para acusar Cuba e muito menos para fazer cínicas recomendações a respeito do que o nosso país deve fazer nesta matéria.
Cuba não reconhece valor algum do conteúdo do relatório do Departamento de Estado, ciente de que, só, graças à obra da Revolução e apesar da política dos Estados Unidos, pôde elevar, desde 1959, até níveis impensáveis, o nível de bem-estar social de sua população.
A tentativa de macular a imagem de Cuba e de sua indústria turística, e de ignorar a firme política aplicada pelo governo cubano para impedir todo tipo de mazelas sociais nesse setor e sancionar severamente os responsáveis de condutas tão reprováveis, apenas pode ser explicado pela obsessão do governo dos Estados Unidos de ignorar e de tratar de frear tudo o que represente avanço para nosso país, sua economia e sua sociedade.
Foi precisamente a Revolução que eliminou para sempre as condições que propiciam o turismo sexual e outros males ligados a ele, que existiram em nosso país e foram exacerbados pela dominação neocolonial imposta a Cuba até 1959 pelo imperialismo ianque.
O governo dos Estados Unidos tem muita coisa a fazer em seu próprio país, para enfrentar fenômenos como a prostituição, a exploração sexual, o trabalho forçado e o tráfico de pessoas.
Os EUA estão a anos-luz de Cuba quanto às garantias que dá a seus cidadãos, sobretudo às crianças, às mulheres e aos idosos nos setores da saúde, da educação, da segurança e do bem-estar social.
O governo dos Estados Unidos tem muito que aprender com Cuba e não tem condições para ensinar a ninguém.
Havana, 8 de junho de 2008.
Fonte: Gramna Internacional

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