quarta-feira, 4 de junho de 2008

ELEIÇÕES AMERICANAS - Artigo do jornalista Simon Schwartzman.

Comovente, para dizer o mínimo, o discurso de Barak Obama confirmando sua vitória na disputa pela indicação do Partido Democrata. Disse tudo que tinha que dizer, e tudo muito bem dito. A necessidade de que os Estados Unidos voltem a ser moralmente respeitados no mundo; a necessidade de sair do Iraq, embora reconheça as dificuldades; a prioridade que deve ser dada à pesquisa e aos investimentos em energias não poluentes; a necessidade de proporcionar seguro médico a toda a população, e de garantir "no money left behind" para o programa "no child left behind" de educação. Criticou os que usam a religião e o nacionalismo para pressionar e assustar os eleitores e elogiou seu adversário republicano como pessoa, mas não perdoou sua identificação com o governo Bush, sobretudo nas politicas de redução de impostos para os ricos e de poucos investimentos na área social.
Obama se colocou como herdeiro da grande tradição de Roosevelt e dos Kennedy, sem esquecer Bill Clinton, e prestou uma belíssima homenagem a Hillary, que só não vai aceitar a mão estendida se for demasiado orgulhosa. Lembrou que Hillary foi a mulher que mais alto chegou na vida pública americana, mas não falou de si mesmo, como o primeiro negro a chegar a uma posição ainda mais alta. De suas raízes negras, prestou uma homenagem à sua avó africana, e foi o suficiente – ele não pretende ser o candidato de um grupo, ou de uma raça, mas de todo o país, e de outros paises também. Eu, se pudesse, votava nele...

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