sábado, 7 de junho de 2008

MÍDIA - Dois pesos, duas medidas.

Muito bom o artigo do Carlinhos Medeiros no seu blog Bodega Cultural.

MIDIA: dois pesos, duas medidas II
O jogo do pim. (*)
Depois de muita pressão, finalmente, o Jornal Nacional resolveu noticiar, ontem, 6, o suposto escândalo de corrupção envolvendo a Alstom e o metrô de São Paulo.
Melhor que não tivesse feito.
Foram dois minutos de informação truncada, sofrível; e de má fé em nenhum momento citaram os nomes dos políticos envolvidos e seus partidos.
Eles usaram a Folha como fonte de informação da matéria, com expressões irônicas, mostraram em imagens de animação gráficas o percurso do dinheiro. Disseram que a Alstom tem um contrato com o metrô de São Paulo, e foram entrevistar um deputado do PT, para associar o escândalo a um movimento petista. E tanto é verdade que no intervalo eu ouvi o vizinho dizer que o PT não tinha jeito, estava novamente envolvido em corrupção.
Logo após a matéria, mostraram o caso "Dilma Roussef e a venda da Varig". Observe que eles procuram entrevistar sempre as mesmas figurinhas: os históricos caçadores de petistas, como Arthur Virgílio, Antônio Carlos Magalhães Neto e Agripino Maia. Ontem o senador de Manaus disse, ao ser questionado sobre uma provável CPI para investigar as acusações envolvendo a ministra, uma frase de domínio público muito utilizada aqui no Ceará: " Quem não pode com o pote, não segura na rodia".
Cadê o Observatório da Imprensa? O MSM deveria fazer cópias em vídeos dos jornais veiculados na TV PIG e depois chamá-los à sabatina: Por que não entrevistaram José Serra, se ele é o governador responsável pela manutenção dos contratos? Por que não citaram o PSDB, partido ao qual pertence o governador de São Paulo? Quem sabe assim ou eles voltam pra escola, ou criam vergonha na cara e passam a informar com mais precisão.
(*) Quem não se lembra do jogo do pim? Foi utilizado por Sílvio Santos no SBT no qual os participantes tinham que dizer "pim" no lugar dos múltiplos de 4. Aí ia: 1, 2, 3, pim, 5, 6, 7, pim, até errar. Coloquem PSDB e Serra no lugar dos múltiplos, que eu duvido que errem.

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