quarta-feira, 4 de junho de 2008

POLÍTICA - Aécio financia energia para Globo Abril com dinheiro público.

Há a alguns meses atrás, saiu uma matéria no jornal Tribuna da Imprensa, acerca de uma suposta negociata, envolvendo o governo Aécio, as Organizações Globo, a CEMIG e a Light. Segundo a mesma, o governo de Minas teria assumido uma colossal dívida que a Globo tinha com a Light, acerto esse que envolveu a CEMIG e uma nova empresa constituída,RME/Lidil, com o objetivo de viabilizar a negociata. Em troca, o sistema Globo teria se comprometido a apoiar a campanha do Aécio à Presidência da República. Vamos aguardar a posição da Globo nas próximas eleições presidenciais. Escrevi este texto pois creio que ele tem alguma relação com o artigo abaixo.

Aécio financia energia para Globo Abril com dinheiro público.

Redação Vermelho.

O governador Aécio Neves (PSDB-MG) arranjou um jeitinho nada elícito para
beneficiar empresas midiáticas do porte da Rede Globo e da Editora Abril. A Cemig, estatal mineira de energia, vai prestar serviços a veículos de comunicação em troca de publicidade.
Em outras palavras, o dinheiro público financia a grande mídia burguesa e, de quebra, viabiliza o projeto político tucano em todo país. Quem paga é o consumidor mineiro através de uma empresa que, após comprar a Light S.A. e outras concessionárias de energia espalhadas pelo país, privatizou suas atividades sem qualquer respeito a normas legais.
Importante frisar que, principalmente no setor de rádio, TV e jornal, o gasto com energia significa aproximadamente 60% dos gastos operacionais. Evidentemente que tal "privilégio" tem um preço a ser pago pelos veículos de comunicação.
Comprovadamente, na compra da Light, a Cemig, através da RME/Lidil, pagou as dívidas da Rede Globo em Nova York, assumindo a gestão da empresa o ex-diretor geral da emissora. Na Editora Abril, é desnecessário afirmar que a totalidade dos executivos da empresa tem como origem o ninho tucano.
Embora Minas Gerais tenha se transformado, nos últimos anos, num reduto da corrupção nacional, nenhum órgão de imprensa divulga qualquer fato. E a cumplicidade e tolerância com o crime não está apenas no Executivo - está também no Legislativo e Judiciário.
Quanto ao Ministério Público Estadual, com raríssimas e honrosas exceções, transformou-se em legitimador da corrupção, através dos famosos "Termos de Ajustamento de Conduta".
Chegamos ao ponto de a imprensa servir ao governo mineiro como "serviço de informação". O proprietário ou responsável pela parte jornalística do veículo de comunicação, de forma dissimulada, determina aos repórteres que os oposicionistas do governo sejam entrevistados para saber o que pensam. Depois de feito o vídeo, gravação ou matéria jornalística é demonstrada no Palácio da Liberdade.
A pauta do noticiário dos principais jornais televisivos não é feita se não antes aprovada pelo governo estadual. Os grandes anunciantes são pressionados a anunciar apenas nos veículos aprovados pelo Palácio.
Há poucos dias, o Novojornal perdeu um de seus anunciantes do setor automobilístico devido a essa prática. Dias depois, uma concessionária, pertencente a um deputado estadual, ganharia uma concorrência para fornecimento de duas centenas de veículos para o governo mineiro da marca do ex-anunciante.
As assessorias da Rede Globo e Editora Abril não quiseram comentar o fato. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) julga-se incompetente para "entrar neste assunto". Já a Cemig nada disse. Porém, fontes da empresa informam que, após a consulta do Novojornal, "morreram de rir".

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