terça-feira, 10 de junho de 2008

POLÍTICA - Serra cobrado para "afrouxar o garrote".

Hoje não sou eu que vou para o ataque contra o governador de São Paulo. Dou a palavra ao colunista Elio Gaspari, de cuja coluna, publicada no fim de semana em O Globo e em outros jornais do país com o sugestivo título de "José Serra precisa afrouxar o garote", transcrevo alguns trechos. "O governador José Serra - começa Elio - precisa mandar que a maioria na Assembléa Legislativa afrouxe o garrote com que asfixia a oposição. Num só dia ela derrubou seis pedidos de convocação de cidadãos que poderiam oferecer explicações para que se entenda a denúncia de que nos anos 90 a empreiteira Alstom pagou propinas a hierarcas do governo do Estado. Coisa de US$ 6,8 milhões". O colunista lembra que a maioria do governador tucano "esmigalhou" até mesmo um pedido de informações ao Ministério público e à Polícia FEderal sobre o "jabaculê da Alstom (....) descoberto numa investigação conduzida pelo governo suíço" sobre a multinacional que forneceu equipamentos para o metrô de São Paulo. Mas deixo o jornalista Elio e sua coluna, agora, para fazer dois adendos meus à consideração dos meus leitores e do Serra. O noticiário dos jornais, hoje, dá conta de que a Polícia paulista sabia da máfia do DETRAN-SP (fornecimento de CNHs ilegais) desde fevereiro e as providências só foram tomadas agora no início deste junho, três meses depois. O alerta, em fevereiro, foi dado pela PRODESP - que identificou irregularidades na coleta de digitais - num levantamento que citava 38 Ciretrans e 416 auto-escolas envolvidas no esquema. Por fim, em entrevista ao O Estado de S.Paulo no fim de semana, o secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, ao falar do surgimento de uma cratera que matou 7 pessoas em janeiro do ano passado no metrô paulistano, admitiu que a empresa estatal "optou por fiscalizar menos". Laudo do IPT divulgado 6ª feira indica que um mês antes da tragédia a área do metrô, em Pinheiros, já dava indícios de anormalidade e riscos. Nunca é demais avivar a memória do leitor: o Consórcio Amarelo, conjunto de empreiteiras que toca esse trecho do metrô, foi premiado por economizar custos e depois ficou comprovado que usava material de péssima categoria nas obras.
Fonte: Blog do Zé Dirceu

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