Nesse domingo dia 24/08 foi realizado um ato em frente ao antigo DOI-CODI, na rua Tutóia, no. 1000, sede do órgão na capital paulista. Um ato contra o silêncio e em defesa da memória, para não deixar que sejam esquecidas as atrocidades cometidas pelo DOI-CODI. Lutar para que esta barbárie não seja esquecida significa lutar para que ela não continue. Manifestou-se também pela condenação do Coronel Brilhante Ustra, cujo processo de responsabilização na morte de Luiz Eduardo Merlino encontra-se em andamento.
Os torturadores e assassinos de 40 anos atrás estão à solta. As instituições atuais reproduzem sistematicamente a tortura e prisões das ditadura militar, bem como na ditadura Vargas, os longos séculos de escravidão e massacre da população negra e indígena. Hoje, a expressão do terrorismo de Estado é a tortura, o abuso e a arbitrariedade contra os pobres das periferias do país. Como se percebe, por exemplo, nos morros cariocas, nas favelas de Salvador e São Paulo,Recife, Brasília,Manaus e cada rincão desse país.
Os/as mortos/as e desaparecidos/as na sede operacional do DOI-CODI/OBAN, de 1968 a 1977, na Rua Tutóia, nº 1000, estão vivos/as em nossa luta. As feridas e traumas de nossas companheiras e companheiros torturados não serão esquecidos pelos lutadores sociais das novas gerações. Onde vocês espelham o exemplo de contínua entrega e combatividade,ergue-se para outros que no futuro virão, entre nós e depois de nós, um horizonte de resistência. Exigimos justiça e punição para os açougueiros da repressão política da ditadura.
Fonte:CMI Brasil.
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