Dizem os adeptos de uma “nova estatal” para gerenciar o pré-sal que a Petrobrás não pode fazê-lo porque isso iria favorecer os acionistas privados da empresa, em detrimento da União. Se o problema fosse esse, o mais lógico seria que propusessem ao governo a elevação da participação do Estado na composição acionária da Petrobrás. Como não é, propõem a criação de uma nova empresa. Mas quem entende de petróleo, no Brasil, é a Petrobrás. Quem elevou o país ao patamar da auto-suficiência foi a Petrobrás. Quem tem décadas de experiência e conhecimento sobre o funcionamento do mercado mundial do petróleo é a Petrobrás. Quem pesquisou e descobriu os campos do pré-sal foi a Petrobrás. Mais. A Petrobrás possui um corpo técnico testado na luta em defesa dos interesses da União e do povo brasileiro contra um cartel que não brinca em serviço, o das 4 Irmãs - que já foi das 7. Este corpo técnico resistiu com rara coerência e eficiência à onda neoliberal, ao privatismo tucano e também aos golpes da ANP para entregar nosso petróleo às multinacionais, durante o governo Lula. Não é por mero acaso que o grosso de nossas reservas em exploração continue sob controle da Petrobrás, apesar do monopólio ter sido quebrado há mais de 11 anos. Não custa nada ouvir o que este corpo técnico acha de manter o regime de concessões no pré-sal e da criação de uma nova empresa para tirar a Petrobrás da área. O governo já cometeu um erro de cálculo ao nomear o sr. Haroldo Lima para diretor-geral da ANP. Não seria bom para o Brasil que cometesse outro, por não ouvir quem é do ramo.
Fonte:AEPET.
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