Novas regras do pré-sal não podem prejudicar Petrobras, diz 'Economist'
Plataforma P-51.
Revista afirma que é perigoso reescrever regras de exploração
O governo brasileiro deveria garantir que uma mudança nas regras de exploração de petróleo não prejudique a Petrobras, diz uma reportagem da edição desta semana da revista britânica The Economist.
A publicação afirma que justamente em um momento em que a Petrobras atingiu a prosperidade, o governo brasileiro avalia a criação de uma nova empresa de petróleo, totalmente controlada pelo Estado, para maximizar seu lucro com os novos campos (na camada pré-sal).
Segundo a Economist, há "diversos perigos em reescrever completamente as regras".
"Embora a Petrobras, que é sujeita às regras de mercado, seja relativamente enxuta, qualquer nova companhia estatal poderá rapidamente ficar inchada por indicações políticas", afirma a reportagem.
"Além disso, o governo pode ficar tentado a revisar contratos existentes, o que seria ruim para a confiança e desastroso para a Petrobras e seus parceiros."
"Deixar de fora os acionistas estrangeiros da Petrobras pode afugentar os investidores estrangeiros do Brasil como um todo", continua a revista.
De acordo com a reportagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de investir a maior parte do dinheiro obtido com o petróleo em educação, um setor "mal-administrado" no Brasil e que precisa de reformas antes de ser irrigado com dinheiro.
"No entanto, antes de se adiantar, o governo deve primeiro assegurar que isso não vai prejudicar a companhia que encontrou o tesouro em primeiro lugar", diz a revista.
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