O presidente Hugo Morales está dando uma lição de democracia. Apesar disso, a exrema-direita boliviana, com o apoio dos EUA, insiste em derrubá-lo.
Carlos Dória.
LA PAZ (Reuters) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou na quinta-feira um referendo nacional para o dia 7 de dezembro com o objetivo de aprovar uma nova Constituição que é fortemente rechaçada pela oposição conservadora assentada em várias regiões do país.
A convocação foi lançada por um decreto supremo, horas depois de a Corte Nacional Eleitoral ter confirmado, em caráter inapelável, o esmagador triunfo do governante indígena em um referendo de 10 de agosto, que poderia ter revogado seu mandato e do qual a oposição saiu debilitada.
"Não obstante os avanços democráticos, o país tem sido testemunha de grande resistência de setores conservadores da sociedade e algumas instituições apegadas ao passado", disse o decreto da convocação lido em um ato noturno repleto de delegações indígenas no presidencial Palácio Quemado.
Os prefeitos regionais opositores haviam ameaçado na quarta-feira impedir em seus distritos a realização do referendo sobre a nova Constituição.
Caso ocorra, a entrada em vigor da nova Constituição marcará a "refundação" da Bolívia, prometida por Morales para dar mais poder aos indígenas e consolidar uma economia "anti-liberal" regida pelo Estado.
Simultaneamente ao referendo constitucional, se realizam eleições de autoridades regionais.
(Por Carlos Alberto Quiroga).
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