O blog completa 3 anos, desde que um comentário postado em 9 de julho anunciou sua criação. A pretensão, modesta, do blog, é a de ser um espaço pluralista de interpretação de esquerda do Brasil e do mundo.
Foram publicados cerca de 350 textos, que receberam dezenas de milhares de comentários. Mas não são metas quantitativas as que movem o blog. Ele pretende estar na contracorrente dos consensos fabricados pela mídia mercantil. Ou propondo interpretações alternativas ou destacando temas invisibilizados pela mídia ou reiterando questões que pretendemos essenciais no período histórico atual e no momento que o Brasil vive.
Não escondemos que se trata de um blog que pretende ser antineoliberal, contra a hegemonia imperial no mundo, contra os três grandes monopólios que dominam o mundo: o monopólio das armas, o monopólio do dinheiro e o monopólio da palavra. A direita, o pensamento único, o consenso de Washington, os conservadores, têm os seus espaços, até demais. Têm praticamente todos os jornais diários, quase todas as TVs, os rádios, quase todas as revistas semanais, não precisam vir a este espaço. Este é um espaço crítico, alternativo, de esquerda, de todas suas tendências.
Minhas posições não inibem que outras se manifestem, mas sempre no marco da esquerda.
A América Latina tem sido e sempre será um tema destacado para o blog, porque é o universo a que pertencemos, porque temos que destacar que é aqui que se desenvolvem as únicas propostas de ruptura com o neoliberalismo, é aqui que se desenvolvem os únicos espaços de integração regional independente em relação à hegemonia imperial norteamericana.
A critica de esquerda ao governo, não confundindo-nos nunca com as criticas da direita, tem sido uma constante. Valorizando os aspectos de ruptura com a herança neoliberal recebida de FHC, mas reiterando os elementos que requerem uma ruptura para poder avançar no Brasil.
O blog pretende incentivar o debate plural na esquerda, aportar novos enfoques, confrontar posições, fazer circular pontos de vista, fortalecer o pensamento crítico e as políticas de esquerda.
Seguimos recebendo várias centenas de mensagens fajutas enviadas por algum robô, todas em inglês, o que faz supor que venham do norte do mundo e que seguimos molestando a direita. Atrapalha, mas nada que bloqueie nossa capacidade, baseada na militância e não no dinheiro, para seguir adiante.
Obrigado pela atenção de vocês, pelos comentários, pela leitura, espero que sejamos cada vez mais e mais atentos, para que decidamos o futuro do Brasil – e, em parte, da América Latina e do Sul do mundo – em 2010, como resultado de um profundo processo de consciência política e de mobilização popular.
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