sábado, 12 de dezembro de 2009

ADRIANO, "O IMPERADOR" NÃO ESQUECEU SUAS RAÍZES.

Adriano, do Fla: palmas a quem não esquece suas origens

Não podia deixar de reproduzir aqui para vocês uma carta, publicada hoja na seção Painel do Leitor, da Folha de S. Paulo, onde o sociólogo paulistano John Kennedy Ferreira desnuda o preconceito que se tem contra os pobres, neste país. Leia só que interessante:

“Na reportagem “Adriano fica na favela e adia a decisão sobre futuro” (Esporte, ontem), é flagrante o preconceito do jornalista contra os menos favorecidos.
Ao explicar que Adriano preferiu comemorar com os amigos de infância, o jornalista toma o cuidado de explicar que o local é violento e dominado por uma facção do narcotráfico, deixando a impressão de que na festa poderia haver a presença de traficantes ou que os amigos do Imperador têm essa proximidade com traficantes.
Como contraponto, tenta mostrar que o jogador tem uma casa na Barra da Tijuca e que a festa do Flamengo seria ali, mas que Adriano preferiu o local violento.
A Barra tem condomínios com problemas de invasão de mananciais, edifícios feitos com areia da praia e possivelmente um ou outro corrupto de Brasília morem por lá, mas o jornalista não apresenta a Barra pelos seus defeitos, como faz com a Vila Cruzeiro.
O que é elogiável na atitude de Adriano é que, mesmo tendo se tornado famoso, rico e poderoso, não esqueceu de onde veio, não esqueceu os amigos que têm e que o apoiaram em todos os momentos, mesmo naqueles em que o resto do mundo lhe virou as costas.”

Muito bacana a atitude do John. Se Adriano tivesse ido em qualquer lugar de ricos e famosos – e teria todo o direito de fazê-lo, certamente não haveria uma entrelinha de crítica na matéria. Algumas pessoas absorvem de tal forma o pensamento das nossas elites racistas e segregacionistas que esquece de onde veio.

Posto aí em cima um vídeo que apareceu há alguns meses no Youtube, onde Adriano fala de sua ligação afetiva com o lugar onde nasceu e foi criado. Se alguns dirigentes empresariais e políticos tivessem o mesmo amor por sua gente, quem sabe o Brasil pudesse estar bem melhor?

Parabéns, Adriano.

Fonte: Blog " O Tijolaço", do Brizola Neto.

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