sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

CUBA - todos contra o bloqueio.

Ibero-América pede a Obama pôr fim ao bloqueio a Cuba

• ESTORIL, Portugal. — A 19ª Cúpula Ibero-Americana, concluída em 1º de dezembro nesta cidade, aprovou uma declaração conjunta, exigindo o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro que os Estados Unidos mantêm contra Cuba, há meio século, assinada pelos 22 países-membros desse mecanismo de concertação.

O comunicado especial solicitou a Washington que, de maneira imediata, interrompa a aplicação das medidas adotadas contra a Ilha, durante os últimos cinco anos, para fortalecer e aprofundar o impacto do bloqueio, e reafirmou "que na defesa do livre intercâmbio e da prática transparente e do comércio internacional, é inaceitável a aplicação de medidas coercitivas unilaterais".

"Reiteramos a mais enérgica recusa à aplicação de leis e medidas contrárias ao direito internacional" que recrudesceram o bloqueio e "exortamos o governo dos EUA a pôr fim a sua aplicação", segundo o texto, que condenou também a imposição da arbitrária lei Helms-Burton.

A Cúpula pediu a Washington cumprir as 18 resoluções de condenação à política unilateral e coercitiva norte-americana, aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Da mesma maneira, o encontro de Estoril pediu aqui o fim da impunidade que tem o terrorista Luis Posada Carriles, promotor de inúmeros atentados e ações violentas contra Cuba.

Num comunicado, os dignitários de 22 países recusaram o fato de que o delinqüente, responsável pela explosão duma bomba num avião cubano, em 1976, que matou 73 civis inocentes, ainda não tenha sido julgado, por atos de terrorismo.

O fórum reafirmou o valor da extradição, como ferramenta essencial na luta contra o terrorismo, e exortou àqueles Estados que receberam tais solicitações de nações ibero-americanas, que procedam a considerá-las devidamente, com pleno apego à área legal aplicável.

Da mesma maneira, os delegados ao encontro estabeleceram uma posição comum para enfrentar a mudança climática, com uma resposta global, efetiva e imediata, guiada pela justiça e pela igualdade.

A posição da comunidade ibero-americana ficou refletida num comunicado especial, adotado pelo magno encontro, no hotel Cascais Miragem, deste balneário português, a 25 quilômetros de Lisboa. (SE)

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