sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ECONOMIA - O BC fica assistindo impassível a valorização do real.

Cassino Brasil a todo vapor 1 ano após crise

Em apenas 3 dias, país recebe mais dólares do que a soma de 3 semanas
Brasília - O fluxo de dólares para o Brasil cresceu expressivamente semana passada.

Dados do Banco Central mostram que o país recebeu US$ 2,07 bilhões, entre 23 e 27 de novembro. O valor desses cinco dias é maior que o acumulado nas três semanas anteriores, período em que o ingresso somara US$ 1,48 bilhão.

Na semana, o fluxo positivo foi gerado exclusivamente pelas transferências para compra de ações, títulos de renda fixa e investimento produtivo. Ou seja, com o terceiro maior juro real do mundo e a Bovespa vivendo nova bolha, o país virou um dos mais ativos cassinos globais.

Em novembro até o dia 27, o Brasil já recebeu US$ 3,55 bilhões. O forte movimento do segmento financeiro, no qual são registradas todas transferências para aplicações no mercado financeiro e investimento produtivo, somou US$ 2,28 bilhões, na quarta semana de novembro.]

O valor foi mais que suficiente para cobrir o déficit das operações de comércio exterior, que amargou déficit de US$ 210 milhões no período.

Os dados do BC, porém, não detalham quais operações geraram esse movimento. Só é possível observar que houve forte concentração da entrada de dólares dia 27, uma sexta-feira, quando US$ 1,2 bilhão ingressou pela conta financeira.

A transferência desses recursos pode ter sido destinada a investimento produtivo e aplicação em renda fixa, segundo operadores do mercado de câmbio. Os dólares continuaram a ingressar no Brasil a despeito da crise que estouro no Dubai no dia anterior.

Para o gerente de câmbio da Souza Barros Corretora, Luiz Antônio Abdo, o nervosismo com o mercado do Oriente Médio foi pontual. "Mesmo assim, não tivemos movimentos irracionais. Foi tudo muito tranquilo e os números do BC mostram que estrangeiros não se incomodaram e mantiveram as transferências para o Brasil", disse.

A informação é do Monitor Mercantil

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