Copiado do blog do Douglas Yamagata.
Meio ambiente e o capitalismo que mata
Copenhague mostrou que o capital é mais importante que o meio ambiente
Por Douglas Yamagata
Parece que as definições sobre as quatro estações do ano que aprendemos na escola estão totalmente fora realidade. As mudanças climáticas acabaram com as estações do ano. Ou melhor, em apenas um dia temos as quatro estações.
Não é preciso ser cientista para ver que o meio ambiente está entrando em colapso. E nem é preciso viajar até o Pólo Sul ou o Pólo Norte para visualizarmos a mudança climática. Aqui no Brasil, por exemplo, já presenciamos chuvas de mais e chuvas de menos. É o verdadeiro caos.
A depender dos países ricos (como os Estados Unidos) estamos fadados à auto-destruição. São os maiores destruidores e os que menos contribuem para ajudar. Na recente crise econômica, foram capazes de salvar o capitalismo. Mas em Copenhague, relutaram em contribuir com parcos 10 bilhões de dólares.
O capitalismo não mede conseqüências mediante os seus objetivos. Mesmo que estes objetivos coloquem em risco a vida humana. Não importa a forma como se vai ganhar dinheiro. O que importa, é ganhar dinheiro, é lucrar. Se o capitalismo nunca se preocupou com a humanidade, cuja força de trabalho das pessoas é explorada, nunca se preocupará com relação ao meio ambiente. Ou seja, para o capitalismo não há escrúpulos. As atitudes por parte das empresas são muito mais pelo “marketing” do que pela preocupação com a natureza (como se plantar algumas arvorezinhas os redimissem do fogo do inferno).
Copenhague tinha a obrigação de colocar algumas coisas nos eixos. A começar, de quem deve pagar o “ônus” de verdade. Em outras Conferências, foi dado um “passa moleque” nos países em desenvolvimento. Desta vez, fizemos nossa parte. Pressionamos e exigimos algo a mais dos países ricos. No entanto, o resultado não foi lá aquelas coisas e o temor apocalíptico permanece no ar.
Enquanto isso, vários lugares no mundo são arrasadas por enchentes, furacões e secas. Enfim, já que o homem protela em cuidar do meio ambiente, a natureza se rebela como que dando avisos à humanidade. A natureza se manifesta aniquilando o homem, como se matá-lo fosse a sua única forma de auto-proteção, tal qual pregam os xintoístas.
A humanidade precisa urgentemente conscientizar-se de que ela depende da natureza, e que a natureza precisa da humanidade. O controle de natalidade, a preservação e o replantio de florestas, as alterações nas formas de geração de energia, a minimização da poluição da água, da terra e do ar – devem ser metas obrigatórias à humanidade.
Mais importante ainda, é repensarmos o capitalismo, uma vez que graça a ele, a humanidade tem por séculos se rebaixado éticamente, aniquilando valores, pregando a desigualdade entre os homens e levando à destruição da natureza. A continuar assim o capitalismo agravará ainda mais a situação do meio ambiente do planeta, podendo nos conduzir inclusive ao fim da humanidade.
Por si só, o capitalismo já é responsável pelas mortes decorrentes das mudanças climáticas.
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