Salvar a Terra custa 1/4 do que custou salvar os bancos
Matéria importantíssima na Carta Capital que saiu neste sábado:
“Em agosto deste ano, quatro meses antes da Convenção do Clima em Copenhague, o Fundo Monetário Internacional divulgou o quanto o mundo desenvolvido pagou para reduzir os efeitos da crise financeira de 2008: 11,9 trilhões de dólares. “Isso engloba aportes de capitais para prevenir a falência de bancos, garantias e iniciativas para aumentar a liquidez, além da limpeza de ativos podres”, explica Jacques Marcovitch, professor e economista da Faculdade de Economia e Administração da USP e coordenador da versão brasileira do Relatório Stern sobre mudanças climáticas. (…)
“Se os líderes mundiais demonstrassem a mesma agilidade e fôlego financeiro para reduzir os impactos do aquecimento global, poderíamos dormir em paz. Quanto dinheiro precisaria ser investido para controlar os efeitos das mudanças climáticas? De acordo com o Banco Mundial, cerca de 270 bilhões de dólares por ano durante cerca de uma década. Um quarto do total despejado de uma só tacada no socorro a Wall Sreet e adjacências. Mas nove vezes mais que o montante com o qual os países desenvolvidos estão dispostos a se comprometer no momento.”
A revista informa que “360 milhões de seres humanos vão morrer nas áreas de maior risco, caso a temperatura do planeta aumente apenas 2 graus, em média. São áreas localizadas em sua quase totalidade na Índia, Bangladesh, África e algumas regiões das Américas Central e do Sul. Não há maiores problemas para a América do Norte e Europa, que em alguns casos poderão até mesmo beneficiar-se com um pouco mais de calor.”
Aí está a razão do que venho postando aqui sobre não podermos ser ingênuos nesta questão e temos de fechar posição em exigir que os países ricos contribuam com muito mais que declarações “ecológicas”. Os países desenvolvidos construíram o desastre ecológico em nome de seu desenvolvimento e fartura. Agora, devem contribuir mais para a conta que tem de ser paga e não querer que a paguemos sozinhos.
Fonte: Blog "Tijolaço", do Brizola Neto
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