Se o presidente Lula, que fez um discurso técnico e bem meia-boca na abertura da Conferência da Comunicação, tivesse ido ao encerramento, poderia ter dito que “nunca na história deste país a comunicação brasileira foi discutida de forma tão ampla e democrática quanto dos dias 14 a 18 de dezembro”. E seria aplaudido de pé. Por todos. O primeiro tempo da Confecom terminou só com vencedores, como acontece nos grandes lances do futebol.
O amigo acha isso impossível?
Pois bem, o goleiro Andrade entrou para história porque sofreu o milésimo gol de Pelé. E a jogada considerada por muitos como a mais bonita do rei do futebol se deu na Copa de 1970, contra o Uruguai. Pelé num drible de corpo deixou o goleiro sem ação, mas caprichosa a bola preferiu a linha de fundo a ultrapassar a linha do gol.
O primeiro tempo da Confecom foi tenso e repleto de jogadas duras, mas ao final não havia quem não comemorasse seu resultado.
Acontece que o jogo não acabou e o segundo tempo precisa começar já no dia 5 de janeiro de 2010, quando a agenda para o ano deve ser definida com detalhes para que o calendário eleitoral não transforme a Confecom numa bela carta de intenções.
Como tática para o jogo este blogueiro propõe.
1) Que os três segmentos envolvidos no processo (governo, empresários e sociedade civil) definam suas prioridades para 2010.
2) Que a partir dessas prioridades se tire uma agenda de consenso a ser implantada ainda no primeiro semestre.
3) Que a partir dessa definição da agenda de consenso se estabeleça um grupo de trabalho para ver o que se pode implantar apenas com ações dos segmentos envolvidos, em especial do governo, mas não só. Há agendas que podem ser implementadas a partir de ações da sociedade civil e do setor empresarial.
4) Que se crie uma bancada da Confecom, com parlamentares de todas as legendas que aceitem se comprometer com a agenda de consenso aprovada pelos segmentos. E que esta bancada atue no sentido de transformar várias das propostas em projetos de lei ainda no primeiro semestre.
5) Que essa agenda de consenso não seja uma camisa de força. E que cada segmento tenha liberdade para lutar por suas propostas de forma independente.
6) Que se estabeleça uma agenda pública entre os diversos segmentos para que o debate público continue em 2010 e municípios e estados possam participar dessa nova construção da comunicação. 7) Que a todos os candidatos a presidente da República seja apresentada, com a cerimônia que um ato desses merece, a agenda da Confecom. E que se estabeleça com esses atores políticos um diálogo a respeito da importância de respeitá-la e implantá-la.
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
domingo, 20 de dezembro de 2009
MÍDIA - O segundo tempo da Confecom.
Copiado do Blog do Rovái
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