A diversidade no Fórum de Mídia Livre
“Várias tribos circulando”. Assim o jornalista Luis Nassif, um dos principais blogueiros do país, definiu o 2º Fórum de Mídia Livre (FML), realizado no último final de semana em Vitória (ES). Ele acertou na mosca ao destacar a marca da diversidade deste jovem movimento. Nascido em março de 2008, por iniciativa de Joaquim Palhares, diretor-presidente da Agência Carta Maior, o FML vai se firmando na sua horizontalidade, juntando muitos fazedores independentes de mídia.
Na sua primeira reunião, os 40 participantes eram jornalistas de sítios, blogs e revistas, além de acadêmicos engajados na luta pela democratização dos meios de comunicação. No seu primeiro encontro, em junho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a sua composição começou a se alterar, com a participação de inúmeros comunicadores populares de rádios comunitárias e outros veículos progressistas. Em Belém do Pará, nas vésperas do Fórum Social Mundial, um encontro internacional de midialivristas discutiu as experiências deste movimento contra-hegemônico.
As novas tribos na FML
Agora, em Vitória, a diversidade ganhou ainda maior impulso. Ativistas dos Pontos de Cultura e dos Pontos de Mídia Livre, duas inovadoras experiências estimuladas pelo Ministério da Cultura, deram um salto organizativo e se somaram ao FML. Os jovens militantes do movimento Música Para Baixar (MPB) e os guerreiros do software livre também estiveram presentes. A Associação Brasileira das Rádios Comunitárias (Abraço) confirmou o seu protagonismo no fórum.
Blogueiros de vários estados também deram os primeiros passos para criar uma organização em defesa desta forma de expressão que cresce no país. Luis Nassif, Altino Machado, Renato Rovai, entre outros, repudiaram a perseguição dos barões da mídia contra os blogs e discutiram medidas jurídicas e políticas de proteção e solidariedade à blogosfera. Três reuniões em grupo aprovaram propostas sobre políticas públicas de incentivo à democratização dos meios de comunicação, de estimulo aos fazedores de mídia independente e de apoio à educação crítica para a mídia.
Prioridades para a Confecom
Respeitando a diversidade, a maior virtude deste movimento, os midialivristas definiram as suas prioridades políticas. O FML participará da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), na próxima semana, com bandeiras unitárias bem definidas. Entre elas, a revisão dos critérios de concessão pública para as emissoras privadas; fortalecimento da rede pública de comunicação; fim da criminalização das rádios comunitária; banda larga para todos como forma de garantir a inclusão digital; novos critérios da publicidade oficial; mecanismos de participação na sociedade.
Ao final do encontro em Vitória foi escolhido um núcleo ampliado de direção do FML, formado por 19 ativistas de várias regiões, como reflexo da sua maior diversidade. Ele deverá eleger uma secretaria mais enxuta e terá o papel de organizar o fórum nos estados, ativar seus núcleos de estudo, acelerar a relação com outras experiências midialivristas e preparar o 3º FML. Os seus desafios são gigantescos. A diversidade não pode resultar em dispersão. Será preciso dar maior organicidade e agilidade ao FML para que ele cumpra um papel de maior protagonismo no país.
Fonte: Blog do Miro
Na sua primeira reunião, os 40 participantes eram jornalistas de sítios, blogs e revistas, além de acadêmicos engajados na luta pela democratização dos meios de comunicação. No seu primeiro encontro, em junho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a sua composição começou a se alterar, com a participação de inúmeros comunicadores populares de rádios comunitárias e outros veículos progressistas. Em Belém do Pará, nas vésperas do Fórum Social Mundial, um encontro internacional de midialivristas discutiu as experiências deste movimento contra-hegemônico.
As novas tribos na FML
Agora, em Vitória, a diversidade ganhou ainda maior impulso. Ativistas dos Pontos de Cultura e dos Pontos de Mídia Livre, duas inovadoras experiências estimuladas pelo Ministério da Cultura, deram um salto organizativo e se somaram ao FML. Os jovens militantes do movimento Música Para Baixar (MPB) e os guerreiros do software livre também estiveram presentes. A Associação Brasileira das Rádios Comunitárias (Abraço) confirmou o seu protagonismo no fórum.
Blogueiros de vários estados também deram os primeiros passos para criar uma organização em defesa desta forma de expressão que cresce no país. Luis Nassif, Altino Machado, Renato Rovai, entre outros, repudiaram a perseguição dos barões da mídia contra os blogs e discutiram medidas jurídicas e políticas de proteção e solidariedade à blogosfera. Três reuniões em grupo aprovaram propostas sobre políticas públicas de incentivo à democratização dos meios de comunicação, de estimulo aos fazedores de mídia independente e de apoio à educação crítica para a mídia.
Prioridades para a Confecom
Respeitando a diversidade, a maior virtude deste movimento, os midialivristas definiram as suas prioridades políticas. O FML participará da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), na próxima semana, com bandeiras unitárias bem definidas. Entre elas, a revisão dos critérios de concessão pública para as emissoras privadas; fortalecimento da rede pública de comunicação; fim da criminalização das rádios comunitária; banda larga para todos como forma de garantir a inclusão digital; novos critérios da publicidade oficial; mecanismos de participação na sociedade.
Ao final do encontro em Vitória foi escolhido um núcleo ampliado de direção do FML, formado por 19 ativistas de várias regiões, como reflexo da sua maior diversidade. Ele deverá eleger uma secretaria mais enxuta e terá o papel de organizar o fórum nos estados, ativar seus núcleos de estudo, acelerar a relação com outras experiências midialivristas e preparar o 3º FML. Os seus desafios são gigantescos. A diversidade não pode resultar em dispersão. Será preciso dar maior organicidade e agilidade ao FML para que ele cumpra um papel de maior protagonismo no país.
Fonte: Blog do Miro
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