Telefónica de Espanha, uma empresa neofascista?
Atrasado, fiquei sabendo da tentativa da Telefónica de Espanha – vou passar a tratá-la assim, com o perdão dos tantos e tantos espanhóis tão corretos e amigos do Brasil – de calar o blog do engenheiro Virgílio Freire, um dos melhores do Brasil em matéria de telecomunicações.
Virgílio é um lutador pela democratização das telecomunicações, um homem preparado, capaz, que conhece por dentro o mundo da telefonia.
Está sendo ameaçado “por tabela”, de uma ameaça anterior, da Telefónica de Espanha à Associação dos Engenheiros de Telecomunicações do Estado de São Paulo, que denunciou existirem “fortes indícios de fraude” no balanço da empresa que afirmava ter investido R$ 2,342 bilhões na rede da empresa no ano passado. A associação contatou todos os fornecedores de equipamentos de telefonia e não encontrou nenhuma compra da Telefónica de Espanha.
Infelizmente, o Ministério das Telecomunicações e a Anatel não tomaram o assunto para si e exigiram, como cabe fazer em relação a uma empresa concessionária de serviço público, esclarecimentos sobre o assunto. Bastaria a Telefónica de Espanha apresentar as notas fiscais e a relação e pontos de instalação dos equipamentos. Não o faz e ninguém o exige. A Anatel é um piada de mau gosto.
Quero, publicamente, oferecer o espaço deste blog e as prerrogativas que me dá o mandato parlamentar para publicar qualquer informação relevante sobre o assunto. Imunidade parlamentar é para proteger a verdade, não para fazer falcatruas. Tanto para o Virgílio quanto para o o engenheiro Ruy Bottesi, presidente da Associação dos Engenheiros de Telecomunicação.
A Telefónica de Espanha precisa entender que não somos governados pelo generalíssimo Francisco Franco e que aqui não existe o “garrote vil” com que ele sacrificava a liberdade.
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