Globo tenta detonar os blogueiros
Por Miguel do Rosário, no blog O
Cafezinho:
Não foi por falta de aviso. Conversei com o Fernando, por exemplo, macaco velho em relação a essas armadilhas da Globo. Sua experiência de 22 anos ao lado de Brizola não foi em vão.
Por outro lado, acho que teve um lado positivo dar a entrevista. Se ninguém desse, pareceria que estávamos com medo ou nos escondendo, o que é exatamente o contrário do que realmente somos: só que a editoria do Globo não tem caráter nenhum. Sem querer, fomos equilibrados. Quatro deram entrevista, cinco não deram. Ficou de bom tamanho.
Também pareceria que agíamos de forma coordenada, o que não é verdade. Eu só encontrei o Azenha, por exemplo, duas ou três vezes na vida. A mesma coisa com todos os outros. A gente tem algumas afinidades, muitas discordâncias. Nosso único ponto em comum é uma vaga afinidade ideológica, pela esquerda.
Na verdade, essa entrevista serve para criarmos uma identidade sim: nos faz mais convictos de que a Globo é nociva à democracia. É uma empresa covarde, totalitária, mau caráter, que usa o poder e dinheiro que acumulou na ditadura para perseguir blogs. É uma atitude, definitivamente, ridícula.
Entretanto, eu também tenho minha malícia. Eu planejei “plantar” na entrevista, sorrateiramente, uma referência à sonegação da Globo, o furo que tive a oportunidade de dar ano passado. Isso eu consegui. Não deram na matéria publicada no jornal, mas apareceu na revista digital Mais. Alguns blogueiros aceitaram responder às três perguntinhas babacas enviadas pela repórter. Reproduzo apenas a primeira, com a resposta.
Minha resposta: ”[o blog] deu alguns furos jornalísticos importantes em 2013. Foi o mais perto que o Globo chegou, até o momento, de informar a seus leitores sobre a fraude fiscal que protagonizou em 2002.
Qual foi o principal “furo jornalístico” dado pelo blog O Cafezinho em 2013?
Risadas maliciosas…
PS: Agora que eu vi que a repórter botou “relações públicas” como minha profissão. Prezada repórter, eu sou jornalista, segundo o Ministério do Trabalho, ou blogueiro, segundo outros parâmetros. Tenho maior respeito pela profissão de RP, mas sou apenas formado nisso, não é minha profissão.
Claro que fiquei na dúvida sobre o que fazer quando o Globo nos procurou. A
gente não é bobo e sabia que o jornalão só teria interesse em publicar alguma
coisa sobre nós se fosse para nos detonar. Afinal, a gente ameaça o seu
poder.
Dar ou não entrevista. Resolvi dar. Depois, ao ler a matéria, me arrependi. A repórter publicou uma frase minha completamente sem sentido:
Dar ou não entrevista. Resolvi dar. Depois, ao ler a matéria, me arrependi. A repórter publicou uma frase minha completamente sem sentido:
Não foi por falta de aviso. Conversei com o Fernando, por exemplo, macaco velho em relação a essas armadilhas da Globo. Sua experiência de 22 anos ao lado de Brizola não foi em vão.
Por outro lado, acho que teve um lado positivo dar a entrevista. Se ninguém desse, pareceria que estávamos com medo ou nos escondendo, o que é exatamente o contrário do que realmente somos: só que a editoria do Globo não tem caráter nenhum. Sem querer, fomos equilibrados. Quatro deram entrevista, cinco não deram. Ficou de bom tamanho.
Também pareceria que agíamos de forma coordenada, o que não é verdade. Eu só encontrei o Azenha, por exemplo, duas ou três vezes na vida. A mesma coisa com todos os outros. A gente tem algumas afinidades, muitas discordâncias. Nosso único ponto em comum é uma vaga afinidade ideológica, pela esquerda.
Na verdade, essa entrevista serve para criarmos uma identidade sim: nos faz mais convictos de que a Globo é nociva à democracia. É uma empresa covarde, totalitária, mau caráter, que usa o poder e dinheiro que acumulou na ditadura para perseguir blogs. É uma atitude, definitivamente, ridícula.
Entretanto, eu também tenho minha malícia. Eu planejei “plantar” na entrevista, sorrateiramente, uma referência à sonegação da Globo, o furo que tive a oportunidade de dar ano passado. Isso eu consegui. Não deram na matéria publicada no jornal, mas apareceu na revista digital Mais. Alguns blogueiros aceitaram responder às três perguntinhas babacas enviadas pela repórter. Reproduzo apenas a primeira, com a resposta.
Minha resposta: ”[o blog] deu alguns furos jornalísticos importantes em 2013. Foi o mais perto que o Globo chegou, até o momento, de informar a seus leitores sobre a fraude fiscal que protagonizou em 2002.
Qual foi o principal “furo jornalístico” dado pelo blog O Cafezinho em 2013?
Risadas maliciosas…
PS: Agora que eu vi que a repórter botou “relações públicas” como minha profissão. Prezada repórter, eu sou jornalista, segundo o Ministério do Trabalho, ou blogueiro, segundo outros parâmetros. Tenho maior respeito pela profissão de RP, mas sou apenas formado nisso, não é minha profissão.
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