Do Tijolaço
Fernando Brito
Publico essa informação do título, que você vê retratada na ilustração e que pode ser confirmada no Portal da Transparência do Governo Federal apenas para que se veja como a leviandade pode dar margem à injustiça.
Não significa dizer que estes convênios sejam desonestos ou que, por eles, José Serra tenha recebido qualquer vantagem indevida.
Só uma apuração detalhada poderia dar
margem a se pensar algo assim e é exatamente o contrário disso que se
está fazendo com o ex-ministro Alexandre Padilha.
Uma acusação irresponsavelmente
espalhada, sem um mínimo de checagem e, até, de lógica, se não existirem
outros elementos além do quase nada que foi divulgado.
Conheço apenas de vista o ex-Ministro Alexandre Padilha e ele sequer sabe quem eu sou.
Portanto, não posso dar nenhum testemunho sobre ele, mas posso olhar fatos.
Mas esta história do “executivo” que ele
teria indicado, segundo os jornais publicam irresponsavelmente, a uma
empresa do tal doleiro Alberto Yousseff não fecha.
O tal “executivo” ocupou um cargo de
quinto escalão no Ministério, de fato, mas de sexto escalão (os cargos
têm, após o Ministro, os códigos NE, DAS 101.6, 101.5, 101.4 e, depois, o
que ele tinha 101.3, na área de eventos).
O tal Marcus foi nomeado Assessor de Eventos em 2011, quando a remuneração não chegava a R$ 4 mil (hoje são R$ 4300), a partir de 17 de maio de 2011. E exonerado no dia 1° de agosto do mesmo ano.
Mesmo neste inexpressivo cargo, portanto, ficou por dois meses e meio ou, como se diz, nem esquentou a cadeira.
O tal documento da PF que os jornais usam como base falam de uma suposta indicação em em 28 de novembro de 2013.
E que André Vargas passa o contato do
cidadão a Yousseff dizendo que Padilha o indicou. Indicou a quem, se é
que indicaria alguém a quem demitira há mais de dois anos.
Se Padilha indicou, porque é André Vargas passa o contato do cidadão a Yousseff?
A única coisa que esta acusação – ou a
troca de mensagens – prova é a de que André Vargas não tinha uma simples
amizade casual com Yousseff.
Aliás, o comportamento deste deputado, como já se viu, é péssimo. Quem não cuida de sua própria reputação, vai cuidar da alheia?
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