É o Pré-Sal, meus camaradas! E a eleição...
Você
quer saber de uma coisa: o que me emociona, o que me deixa confiante e
satisfeito, o que me faz, a partir de agora, ter uma nova visão sobre os
propósitos e a conduta da direita brasileira, da nossa generosa, isenta
de preconceitos e democrática burguesia é, indelevelmente, sua enorme
preocupação com os rumos e o destino da Petrobras, com o Brasil e com o
povo brasileiro. Quando vejo homens do quilate moral e político de Aécio
Neves, Agripino Maia, Álvaro Dias, Roberto Freire, José Serra, FHC — o
Neoliberal I — e os tantos e quantos tucanos, demonistas e ex-comunistas
do partido de aluguel conhecido como PPS, fico, realmente, a pensar:
“Nossa! Como essa gente se preocupa com a Petrobras! Se preocupam de tal
maneira que eu fico até comovido”.
E
não é que de repente, não mais do que de repente, até mesmo os próceres
e barões da imprensa-empresa também, em tom uníssono, começam a
defender a Petrobras, o que me deixou completamente atônito,
boquiaberto, porque ser surpreendido dessa forma não é para qualquer
vivente comum, sem, antes, ter feito um exame completo no coração.
Afinal, pessoas compromissadas com os interesses do País, com o povo
brasileiro, a exemplo dos magnatas bilionários de todas as mídias em
oligopólio, como o Octávio Frias, os irmãos Marinho (sempre esqueço os
nomes deles), os filhos de Robert Civita, o Mesquita que tenta salvar o
Estadão da falência, além de outros donos de empresas familiares
espalhados de Norte a Sul pelo Brasil, realmente merecem todo o respeito
e a atenção.
Há
cerca de um mês tenho visto e ouvido uma verdadeira ode à Petrobras. O
amor de espécies não tão raras porque ordinárias, como os tucanos, os
demos, os ex-stalinistas de aluguel, juntamente com os magnatas
bilionários da imprensa de negócios privados e seus empregados pela
Petrobras é comovente, pois remonta o mesmo amor que seus ancestrais
sentiram pela brasileiríssima estatal do petróleo nos idos anteriores à
sua criação pelo estadista trabalhista Getúlio Vargas, em 1953, bem como
em cerimônia de sua fundação até os dias de hoje. É uma beleza! Comove,
sabe? Nunca vi tanto pendor e nacionalismo.
Ao
ler, ver e ouvir editoriais, matérias e opiniões dessa velha imprensa
de mercado carcomida pelo tempo e corrompida pelos seus próprios
interesses, percebe-se, rapidamente, que sua hipocrisia, cinismo e
vocação para a manipulação e a mentira não tem limites. Para
desconstruir a imagem do Governo trabalhista e macular a honra e a moral
de lideranças petistas exemplificadas em nomes como o de Lula e Dilma,
os tucanos e seus aliados, mancomunados com a imprensa alienígena que
odeia secularmente o Brasil, tratam de atacar a Petrobras e,
consequentemente, mexer com as emoções do povo brasileiro, que, desde
antes de 1953 e durante a campanha do “O Petróleo é Nosso!” tem uma
relação cívica com a megaempresa, que o leva ao sentimento de
brasilidade e à condição de saber que é cidadão nacionalista.
Sentimentos estes tão decantados pelos norte-americanos e elogiados
pelas nossas “elites” colonizadas, provincianas e complexadas quando se
trata de admirar o nacionalismo yankee.
Neste
momento verme de ser e se sentir, os coxinhas infelizes e recalcados
dessas paisagens tropicais fazem questão de esquecer a frase “O
patriotismo é o último refúgio dos canalhas”. Porque para a nossa
medíocre burguesia somente é permitido, ou seja, tolerado, o
nacionalismo dos europeus colonizadores e dos EUA, que ela,
entusiasmada, além de servil e subalterna, aprendeu a admirá-los por
intermédio dos filmes de Hollywood e de enlatados que eram e são
transmitidos pelas televisões. São tantos séculos de lavagem cerebral
através de gerações de coxinhas burgueses, que se torna muito difícil
para tais pessoas olharem para si com autoestima e o sentimento e desejo
de compreender que o povo brasileiro é capaz, inteligente, competente,
trabalhador e corajoso.
Afinal,
somos empreendedores por natureza e sempre soubemos nos virar em
momentos difíceis de nossas vidas, bem como do País. Além disso,
controlamos um território continental, e este fato, podem acreditar, não
é para qualquer povo, pois sabemos que muitos povos perderam
territórios e até hoje lamentam perante a história. Todavia, o Brasil
tem uma “elite” perversa, autoritária e egocêntrica. Poder-se-ia dizer
que é uma classe dominante quase esquizofrênica, e que é capaz, como já
foi comprovado, de apoiar e ser cúmplice de invasão de gringo para que
ela possa, por exemplo, derrubar um governo eleito, e, dessa forma,
locupletar-se com a nova ordem política e ideológica imposta à força,
como ocorreu, inquestionavelmente, em 1964, quando a direita efetivou um
golpe civil-militar, que durou o tempo de 21 anos.
A
direita partidária, a burguesia e a pequena burguesia (classe média) em
geral sabem disso e trataram logo de emplacar a Petrobras como alvo
para que o Governo trabalhista seja desmoralizado e, por sua vez, sinta o
peso de sua “desqualificação” como gestor em um ano eleitoral. Trata-se
do vale-tudo das eleições e, se a Petrobras cresceu por ter investido
muito em todas suas áreas e segmentos, não importa, porque o que está a
valer é Pasadena, mesmo os tucanos e a imprensa-empresa receberem
informações da presidente da estatal, Graça Fortes, que, no Congresso,
não deixou pergunta sem resposta, mostrou dados, índices e números, o
que não foi o suficiente para os conservadores, pois a verdade é que
esse pessoal que odeia o Brasil quer mesmo que a Petrobras exploda, como
sempre quiseram desde quando a estatal foi fundada.
Agora,
a estratégia da direita, à frente o candidato-playboy, Aécio Neves, é
judicializar mais uma vez um processo político-eleitoral, pois o PSDB, o
DEM, o PPS e o PSB, do quinta coluna Eduardo Campos, além da imprensa
de mercado, não querem que a CPI seja ampla, ou seja, que sejam
investigados os casos de corrupção bilionária da Alstom e Siemens, em
São Paulo, e do Porto de Suape, em Pernambuco. A direita e os traidores
do PSB querem apenas que seja investigada a Petrobras. A petroleira
multinacional é considerada a “Geni” dos reacionários, ficam a jogar
pedras, porque querem um Brasil VIP para as classes privilegiadas e um
povo cativo e longe de sua emancipação.
Contudo, não somos ingênuos
e sabemos, sem sombra de dúvida, que essa gente da oposição, na
verdade, objetiva concretizar seus desejos mais abissais e
inconfessáveis... A luta político-eleitoral e as falsas polêmicas,
acusações e denúncias vazias repercutidas pela imprensa alienígena e
corporativa têm, irrefragavelmente, o propósito de atacar o modelo de
partilha do Pré-Sal. Exatamente isto, meus camaradas: o Pré-Sal, como
combustível dos ataques ao Governo trabalhista e à Petrobras é o que
move a oposição partidária, os grandes grupos empresariais nacionais e
estrangeiros, e, especialmente, os magnatas bilionários de imprensa
(privada), que desejam ardorosamente a volta dos tucanos ao poder, e,
por conseguinte, retomar o processo de privatizações, extinguir a
maioria dos programas sociais, diminuir os investimentos em
infraestrutura, saúde e educação, para, desse modo, atender aos anseios
do mercado financeiro internacional e dos países considerados
desenvolvidos, que perderam muito dinheiro e influência com a diplomacia
independente e não alinhada aos Estados Unidos e à União Europeia
efetivada pelos presidentes trabalhistas Lula e Dilma.
É
o Pré-Sal, estúpido! Como já disseram. É ele que está em jogo. E se os
campos de petróleo das bacias de Campos e Santos estão a sofrer
questionamentos de tucanos fundamentalistas do mercado e da imprensa
entreguista, pois quase conseguiram desmantelar a megaestatal para
vendê-la, é sinal que o modelo de concessão dos tempos de Fernando
Henrique Cardoso — o Neoliberal I — é o que agradava a todos aqueles que
viviam da jogatina diária do mercado, bem como faziam com que os altos
dirigentes das petroleiras internacionais em todo fim do dia abrissem
champanhes para comemorar seus exorbitantes lucros e remessas em cima da
riqueza brasileira, como o fazem até hoje quando auferem os lucros da
Telebras e da Vale do Rio Doce, privatizadas e alienadas, pois vendidas
por tucanos irresponsáveis e incompetentes a preço de banana.
É
o Pré-Sal, coxinha de classe média com complexo de vira-lata e que
pensa que vai ser um dia convidado para o baile dos ricos e depois bater
com a cara na porta deles. É o Pré-Sal, pobre de direita, cuja maioria
nem sabe o porquê de ser reacionário, mas compreende, lá no seu íntimo,
que sua vida melhorou, em todos os sentidos, por causa dos governos
trabalhistas e não por interferência dos governos do PSDB, que, além de
irem ao FMI três vezes, humilhados, de joelhos, e com o pires nas mãos,
não tiveram competência nem ao menos para criar empregos e, por sua vez,
empregar o povo brasileiro.
Nem
isso quanto mais elevar as reservas internacionais e colocar o Brasil
em um patamar de importância internacional jamais experimentado em seus
514 anos de história. Ponto! O negócio é o seguinte: O senador tucano
Aécio Neves no poder significa retrocesso e perda de investimentos,
empregos e sossego. Exatamente isto: sossego. Porque ninguém vai ficar
feliz ou satisfeito com o desemprego e o fim de dezenas de programas
sociais que elevaram o padrão de vida do povo brasileiro, bem como
permitiram o aumento exponencial do consumo, que, por seu turno,
viabilizou a criação de empregos e também de pequenas e micros empresas,
as maiores responsáveis neste País em criar postos de trabalho e gerar
renda.
Aécio
Neves representa o atraso, porque o novo que ele diz ser, na verdade, é
mais velho e conhecido do que os currais eleitorais dos coronéis deste
País. O novo é a revolução social silenciosa que o PT e os trabalhistas
fizeram em apenas 12 anos. O povão sabe disso, pois passou a ter acesso
ao que ele nunca pensaria um dia ter. Basta viajar, meus camaradas, pelo
interior deste País para verificar o que eu afirmo, além de irem às
favelas e às periferias para observar que até a vida dos miseráveis
melhorou, afinal o IBGE constou que 36 milhões de pessoas saíram da
miséria.
O
Pré-Sal é do Brasil e não de um monte de burocratas fundamentalistas do
mercado, a exemplo de Armínio Fraga, que pensam que a vida é feita de
apenas números, gráficos e índices. Não mesmo. Atrás da matemática, da
contabilidade, da administração e da economia existem pessoas com sonhos
e desejos. Elas querem para seus filhos um mundo melhor e com serviços
públicos de qualidade. E, terminantemente, não vai ser o PSDB de Aécio
Neves e FHC, bem como seus aliados políticos, empresariais e midiáticos
que vão favorecer o povo brasileiro.
Eles
nunca fizeram isto. Jamais! Então, por que os emplumados colonizados
agora o fariam? Por que este ano tem eleição? Não, meu camarada. A Casa
Grande não ajuda a ninguém. Ponto! Em qualquer hora, lugar e tempo os
proprietários da Big House vão continuar a edificar muros e valas para
impedir o desenvolvimento sustentado e linear de todas as sociedades e
nações. É o seu mais elementar vampiresco destino. Você não pode esperar
da ferroada do escorpião a suavidade do sono quando te surpreende sem
você perceber que dormiu.
Portanto,
afirmo que a direita em qualquer parte do planeta quer um mundo
usufruído por ela, que é conjunto das classes abastadas que ela
representa. Por isto e por causa disto o ódio às camadas sociais mais
baixas que ousaram, por intermédio de um governo popular e trabalhista,
ascenderem, mesmo que modestamente, a uma vida de melhor qualidade.
Este
é o real motivo de os ricos, os grandes conglomerados econômicos e
financeiros e os partidos de direita, como o PSDB, detestarem o Lula, a
Dilma, o Jango, o Brizola, o estadista Getúlio Vargas e a... Petrobras.
Como as “elites” detestam o povo, automaticamente passam a detestar
também a grande estatal brasileira e tudo aquilo que possa beneficiar o
Brasil e diminuir seus poderes e influência.
O
Pré-Sal é nosso! Já o teria dito, se fosse vivo, o escritor Monteiro
Lobato. A CPI da Petrobras é mais uma farsa eleitoral. Realmente, estou
muito comovido com o interesse e a preocupação dos tucanos e da imprensa
de caráter golpista com o destino da Petrobras. É o Pré-Sal, meus
camaradas! E a eleição. É isso aí.
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