quinta-feira, 24 de abril de 2014

MÍDIA - O cavaleiro do apocalypse..


DIRETOR DA DIREITISTA "ABRIL" ("VEJA") VÊ O MAIS "INCOMPETENTE" GOVERNO





"A posição de José Roberto Guzzo, que já dirigiu 'Veja' e 'Exame' e é um dos poucos integrantes do conselho editoral da 'Abril' de fora da família Civita, se espraia pelas revistas da casa. Em artigo publicado no fim de semana, ele, com seu mau humor, aparenta viver em outro planeta; "Todo brasileiro de olhos abertos para o que está acontecendo no país em geral, e na sua própria vida em particular, sabe muito bem que a coisa está preta", diz ele, sem levar em conta o pleno emprego e a expansão da renda. Diz ele que o Brasil, com US$ 375 bilhões em reservas, está "em petição de miséria" e "é um caso perdido"; o governo Dilma, na sua visão, é o "mais incompetente" de todos. Quem vai mal na verdade é a "Abril"...

Do "Brasil 247"


"O Brasil acabou. Está em petição de miséria, é um caso perdido e não terá solução, caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita". Essa é a visão do jornalista José Roberto Guzzo, que já dirigiu "Veja" e "Exame", e integra o conselho editorial da "Abril" sem ser da família Civita e cujas opiniões amargas se espraiam pelas revistas da casa editorial hoje comandada por Fábio Barbosa.

O governo Dilma, diz Guzzo, é o pior de todos da história do País. Pior do que o dos militares, que mataram e torturam, pior do que o de Fernando Collor, que terminou em impeachment, pior do que o de José Sarney, que teve hiperinflação, ou do que o de FHC, que levou o Brasil três vezes ao FMI. Muito pior também do que o de Campos Salles, que levou o Brasil à crise do encilhamento.

Se não é esse o país ou o planeta em que você vive, tudo bem. Você está certo e Guzzo parece desesperado. O Brasil é hoje um país com pleno emprego, mais de US$ 375 bilhões em reservas internacionais, expansão da renda e com boa capacidade de atração de investimentos internos e internacionais.

A "Abril", que contratou o consultor Vicente Falconi para cortar custos e já demite profissionais, inclusive em "Veja", é que parece estar em petição de miséria (leia mais 
aqui).

Leia, abaixo, o artigo de Guzzo:

"A casa não pode cair", por J.R. Guzzo [da tucana "Abril"/"Veja"
[Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

"Todo brasileiro de olhos abertos para o que está acontecendo no país em geral, e na sua própria vida em particular, sabe muito bem que a coisa está preta.

Há mil e uma razões para isso, como se pode verificar todos os dias pelo noticiário [editado dos jornais, revista e TV da mídia direitista]; seria pretensioso, além de inútil, tentar fazer uma lista de todas.

Basta dizer, para encurtar o assunto, que, segundo as últimas pesquisas de opinião, mais de 70% da população acha que assim não vai, e quer mudanças na ação do governo como um todo [as pesquisas indicam que a população quer mudanças, mas com Dilma, não com Aécio ou Campos].

Será que os brasileiros [os do 1%], finalmente, se convenceram de que estão sendo dirigidos por um dos governos mais incompetentes 
[no sentido de não ser competente para privilegiar somente os ricos] que já tiveram de aguentar – ou, possivelmente, o mais incompetente de todos?
Mais interessante ainda: a propaganda descomunal que o poder público [pagando gordas fortunas para a mídia oposicionista, inclusive a "Veja", e colocando os Marinhos da "Globo" entre os maiores multibilionários do mundo] soca todos os dias em cima da população e o uso sistemático da mentira [onde se lê "mentira", leia-se "notícia não conveniente à oposição"] talvez já não estejam dando os resultados que costumam dar.

A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, ameaça combater a corrupção na Petrobras, mas diz [porque sabe] que os `inimigos da empresa` são os que sugeriram mudar seu nome para ´Petrobrax`, cerca de quinze anos atrás, com a intenção secreta de liquidá-la – e, ao mesmo tempo, faz tudo para impedir que se investigue a roubalheira pública de hoje [será que é a Dilma que impede CPI para investigar 
a gigantesca roubalheira das privatizações de FHC/PSDB e dos propinodutos dos governos tucanos de São Paulo?].
Quanta gente acredita num desvario desses? Tudo bem. O Brasil [resultante do trágico 'neoliberalismo', apesar das imensas melhorias do últimos 12 anos] ainda está em petição de miséria, e o presente já é um caso perdido. A pergunta, agora, é a seguinte:

As coisas vão [continuar a] mudar para melhor depois da eleição presidencial de outubro ou vão ficar piores ainda?

Vão ficar piores com certeza, se o Brasil não sair da armadilha [para a direita, "armadilhas" são os programas sociais que beneficiem os pobres] que o governo, o PT, e o ex-presidente Lula montaram: eles têm de ganhar todas, pois não podem mais admitir a alternância de poder [os jornais, TV e revistas tucanos querem "alternância do poder", mas jamais em São Paulo, onde os tucanos governam há 20 anos, nem em Minas e em outros Estados onde a "alternância" tiraria a direita do poder].

Se admitirem, a casa cai, e a casa não pode cair – pois os que mandam [nos Estados e] no país não conseguem mais viver fora do governo. Manter-se no poder todo mundo quer, nas melhores democracias do mundo.

O problema atual do Brasil [isto é, "do Brasil" dos demotucanos e da direita internacional] é que o PT não apenas quer continuar: precisa continuar, pois, se sair, o mundo de privilégios que construiu para si próprio [em benefício da população mais pobre] nos últimos onze anos vai direto para o espaço.

É essa ansiedade, e nada mais, que acaba de trazer Lula para dentro da campanha eleitoral – se Dilma continuar caindo nas pesquisas, é pouco provável que ela própria e seu partido digam ´que pena`, e fiquem só olhando o desastre acontecer na sua frente.

Aí, para não perderem a "situação de proprietários privados do Brasil" [parece que é autoironia da direita, que sempre agiu e se julgou a única proprietária do Brasil, esquecendo os mais pobres] que conseguiram obter de 2003 para cá, tudo passa a valer:

A presidente pode ser desembarcada sem maior cerimônia de seu posto de candidata à reeleição, e Lula entraria na disputa para salvar a pele de todos.

Como explicar essa deposição de Dilma para o público?

Inventa-se uma história qualquer – esse tipo de coisa jamais foi problema para Lula, um artista em escapar das situações mais sinistras sem explicar nada [De novo, parece ser autoironia da direita, que sempre inventou pretextos e golpes civis e militares para assumir ou manter-se no poder].

A companheirada, por sua vez, dirá que lamenta – mas que a volta de Lula é essencial para salvar o ´projeto do PT`, caso ele esteja ameaçado de ´destruição` pela ´direita`, pela ´grande mídia`, pelos que ´não se conformam` com a vitória da classe operária etc.

Se a oposição ganhar, dizem, será ´volta da ditadura` [ou melhor, volta da direita antinacional tradicionalmente pró-grandes grupos financeiros e econômicos mundiais, especialmente dos EUA]- e não é possível permitir tal crime.

´Projeto do PT`? Que diabo seria isso? Nada mais simples: O projeto do PT é não ter projeto nenhum.[A direita não se olha no espelho. Pensa que 'ter projeto' de golpe é competência].

Em vez de trabalhar para construir um Brasil mais justo, confortável e promissor para os brasileiros [mais ricos, como sempre fez a direita], todo o esforço do partido se concentra em não largar o osso do governo.

Não se trata de desejo: é necessidade.

O que muda, se saírem, não é nada que tenha a ver com ideias, princípios ou valores; o que muda, no duro, é a sua vida material [a dos mais pobres].

Vão embora [para as gordas e gananciosas mãos da direita] os 20 mil altos empregos que têm no governo federal. Vão embora as oportunidades ilimitadas de negócios com o poder público. Vão-se embora as Pasadenas, os mensalões [tucano e do DEM?], a compra de certas empresas de videogames por empreiteiras de obras, na base dos 10 milhões de reais.[Tudo isso vai embora para a volta das generosas doações (a troco de nada?) para estrangeiros das bilionárias estatais brasileiras e das gigantescas falcatruas tucanas].

Ficam as fortunas criadas nos porões da Petrobras. Ficam as rosemarys, os youssefs e milhares de outros como eles.

Ficam o caviar de Roseana Sarney, os jatinhos [em boa parte pertencentes a parlamentares demotucanos], os planos médicos milionários [defendidos pela mídia e pelos demotucanos que acabaram com a CPMF que permitiria melhorar o concorrente SUS]. Ficam as diárias de hotel a 8 000 euros [essa indireta veste a carapuça em muitos tucanos]. Fica um STF obediente [à mídia, como evidenciado no caso do julgamento e condenação (sem provas) dos petistas da AP 470].

Mais do que tudo, fica garantida a impunidade [como o acintoso enterro do "mensalão tucano", nunca mais noticiado na mídia, nem nas páginas de obituário].

O PT, como observou há pouco o ex-deputado Fernando Gabeira [que foi auxiliar de Serra/PSDB na campanha de 2010], é um partido que se baseia totalmente na obediência; não valem nada, ali, mérito, talento ou competição sadia.

A única maneira de subir na vida é obedecendo a Lula – e, para isso, é indispensável que Lula, ou algum dos seus postes esteja no governo."

FONTE: publicado no "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/137302/Diretor-da-Abril-v%C3%AA-o-mais-incompetente-governo.htm). [Título e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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