"Le Monde", França: BRASIL LIDERA A DESAMERICANIZAÇÃO DA INTERNET"
Projeto de marco civil é exemplo para o mundo, diz o "Le Monde"
"O projeto do marco civil da internet, aprovado na terça-feira (22) pelo Senado, “poderia servir de modelo aos países convidados para a Net Mundial”, realizada nesta semana em São Paulo. A opinião foi emitida pelo jornal francês "Le Monde", que destacou em sua manchete principal a postura brasileira em defesa de novas regras para a rede mundial de computadores. O Brasil, diz o jornal, “lidera a revolta contra a hegemonia americana sobre a internet”.
Da "Agência Senado"
"O projeto do marco civil da internet, aprovado na terça-feira (22) pelo Senado, “poderia servir de modelo aos países convidados para a Net Mundial”, realizada nesta semana em São Paulo. A opinião foi emitida pelo jornal francês "Le Monde", que destacou em sua manchete principal a postura brasileira em defesa de novas regras para a rede mundial de computadores. O Brasil, diz o jornal, “lidera a revolta contra a hegemonia americana sobre a internet”.
Da "Agência Senado"
O jornal francês diz que o Brasil lidera a campanha pela “desamericanização” da governança da web no mundo, reivindicação antiga de vários países.
O periódico francês lembra que a presidenta Dilma Rousseff adiou em outubro do ano passado uma visita de Estado a Washington, longamente planejada, depois de saber, por meio de revelações do ex-agente Edward Snowden, que suas comunicações pessoais haviam sido interceptadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). E ressalta a importância da realização, em São Paulo, da "Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet", chamada de "Net Mundial".
Segundo o "Le Monde", Dilma defende “mudança radical na governança dos organismos que asseguram o funcionamento da web em nível mundial – endereços, nomes e domínios, normas, protocolos”. Por razões históricas, como observa o diário, essas instâncias estão frequentemente sob a tutela dos Estados Unidos. A mudança começaria pela ICANN (sigla, em inglês, da "Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números"), atualmente supervisionada pelo Departamento de Comércio norte-americano.
A “desamericanização” dessas instâncias, como recorda ainda o diário francês, é reivindicação já antiga, retomada regularmente por vários países. Os Estados Unidos sempre a rejeitaram, mas a situação pode mudar depois da “onda de choque” provocada pelos escândalos de escuta da NSA. O jornal, porém, recorda que os parlamentares do Partido Republicano se opõem a um projeto de internacionalização da ICANN, que seria nova “prova da fraqueza” do presidente Obama na cena internacional.
O jornal francês elogia o projeto do marco civil da internet, por garantir liberdade de expressão, proteção da vida privada e igualdade de tratamento a todos os tipos de conteúdo. E registra o objetivo brasileiro na "Net Mundial": a adoção de uma declaração comum sobre os princípios de uma nova governança da internet, que deverá ser democrática, transparente, responsável e respeitosa da diversidade cultural.
Segundo o "Le Monde", Mathieu Weill, especialista francês convidado a participar da "Net Mundial", está “razoavelmente otimista” com os resultados da conferência. “Não se vai fazer uma revolução em dois dias”, disse Weill ao jornal francês. “Mas o Brasil está em boa posição para fazer avançar uma reforma da governança. Ele está próximo dos princípios europeus e, ao mesmo tempo, tem a confiança dos países menos desenvolvidos”.
FONTE: da Redação em Brasília do portal "Vermelho" com informações da "Agência Senado" (http://www.vermelho.org.br/noticia/240657-6).
O periódico francês lembra que a presidenta Dilma Rousseff adiou em outubro do ano passado uma visita de Estado a Washington, longamente planejada, depois de saber, por meio de revelações do ex-agente Edward Snowden, que suas comunicações pessoais haviam sido interceptadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). E ressalta a importância da realização, em São Paulo, da "Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet", chamada de "Net Mundial".
Segundo o "Le Monde", Dilma defende “mudança radical na governança dos organismos que asseguram o funcionamento da web em nível mundial – endereços, nomes e domínios, normas, protocolos”. Por razões históricas, como observa o diário, essas instâncias estão frequentemente sob a tutela dos Estados Unidos. A mudança começaria pela ICANN (sigla, em inglês, da "Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números"), atualmente supervisionada pelo Departamento de Comércio norte-americano.
A “desamericanização” dessas instâncias, como recorda ainda o diário francês, é reivindicação já antiga, retomada regularmente por vários países. Os Estados Unidos sempre a rejeitaram, mas a situação pode mudar depois da “onda de choque” provocada pelos escândalos de escuta da NSA. O jornal, porém, recorda que os parlamentares do Partido Republicano se opõem a um projeto de internacionalização da ICANN, que seria nova “prova da fraqueza” do presidente Obama na cena internacional.
O jornal francês elogia o projeto do marco civil da internet, por garantir liberdade de expressão, proteção da vida privada e igualdade de tratamento a todos os tipos de conteúdo. E registra o objetivo brasileiro na "Net Mundial": a adoção de uma declaração comum sobre os princípios de uma nova governança da internet, que deverá ser democrática, transparente, responsável e respeitosa da diversidade cultural.
Segundo o "Le Monde", Mathieu Weill, especialista francês convidado a participar da "Net Mundial", está “razoavelmente otimista” com os resultados da conferência. “Não se vai fazer uma revolução em dois dias”, disse Weill ao jornal francês. “Mas o Brasil está em boa posição para fazer avançar uma reforma da governança. Ele está próximo dos princípios europeus e, ao mesmo tempo, tem a confiança dos países menos desenvolvidos”.
FONTE: da Redação em Brasília do portal "Vermelho" com informações da "Agência Senado" (http://www.vermelho.org.br/noticia/240657-6).
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