A guerra dos Rose, entre Dilma e Gabrielli
Não se sabe onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli pretendem chegar insistindo em uma polêmica inútil sobre a compra da refinaria Pasadena.
Depois de um ano e meio de investigações do TCU (Tribunal de Contas da União), de pedidos de informação do PSDB, de declarações de um procurador irresponsável, nada foi descoberto além de um uma aposta errada na compra da refinaria.
Um bilhete de Dilma ao Estadão transformou uma questão administrativa em uma suspeita de corrupção, uma notícia de página interna na manchete do dia de todos os jornais, por vários dias, quase resultando na abertura de uma CPI em pleno ano eleitoral.
Agora, com a questão da CPI nas mãos da Ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o assunto quase superado - após os depoimentos da presidente da Petrobras Graça Foster e do ex-diretor da área internacional Nestor Cerderó ao Senado - Gabrielli reacende a discussão com uma entrevista ao Estadão, na qual pretendeu dividir as responsabilidades da compra de Pasadena com Dilma. E Dilma bota de novo lenha na fogueira, respondendo e alimentando uma discussão inócua.
Ontem, Dilma orientou o Ministro-Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para passar aos jornais as atas do CA provando que não foram divulgadas as cláusulas "put" e "Marlim" (1)
Na entrevista ao Estadão, Gabrielli admitiu a omissão das duas cláusulas. E afirmou que, se tivessem sido apresentadas, não mudariam a tendência do Conselho de aprovar a operação. Dilma discorda. É essa a discussão.
As informações distribuídas aos jornais - sobre a não apresentação das duas cláusulas - foram inócuas e tiveram apenas uma utilidade: reacender um debate que estava se esvaziando e reforçar o fantasma de uma CPI que ameaça o próprio governo de Dilma.
É de um non-sense que lembra o filme “A guerra dos Rose”, no qual o casal Michael Douglas e Kathleen Turner se envolve em um embate mortal, ao final do qual nenhum dos dois sabe mais direito porque estão brigando.
(1) A cláusula "put" permite a um sócio oferecer sua parte para o outro. O outro tem duas alternativas: ou vende para o primeiro, pelo preço que lhe foi oferecido; ou compra. A cláusula "Marlim" garantia à Astra uma remuneração fixa de 6,9% sobre os investimentos que fizesse na mudança da refinaria para processar óleo pesado. Essa cláusula foi colocada porque o refino do óleo pesado beneficiaria diretamente a Petrobras, que seria a fornecedora; e a Astra queria parte desse ganho de rentabilidade.
Não se sabe onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli pretendem chegar insistindo em uma polêmica inútil sobre a compra da refinaria Pasadena.
Depois de um ano e meio de investigações do TCU (Tribunal de Contas da União), de pedidos de informação do PSDB, de declarações de um procurador irresponsável, nada foi descoberto além de um uma aposta errada na compra da refinaria.
Um bilhete de Dilma ao Estadão transformou uma questão administrativa em uma suspeita de corrupção, uma notícia de página interna na manchete do dia de todos os jornais, por vários dias, quase resultando na abertura de uma CPI em pleno ano eleitoral.
Agora, com a questão da CPI nas mãos da Ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o assunto quase superado - após os depoimentos da presidente da Petrobras Graça Foster e do ex-diretor da área internacional Nestor Cerderó ao Senado - Gabrielli reacende a discussão com uma entrevista ao Estadão, na qual pretendeu dividir as responsabilidades da compra de Pasadena com Dilma. E Dilma bota de novo lenha na fogueira, respondendo e alimentando uma discussão inócua.
Ontem, Dilma orientou o Ministro-Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para passar aos jornais as atas do CA provando que não foram divulgadas as cláusulas "put" e "Marlim" (1)
Na entrevista ao Estadão, Gabrielli admitiu a omissão das duas cláusulas. E afirmou que, se tivessem sido apresentadas, não mudariam a tendência do Conselho de aprovar a operação. Dilma discorda. É essa a discussão.
As informações distribuídas aos jornais - sobre a não apresentação das duas cláusulas - foram inócuas e tiveram apenas uma utilidade: reacender um debate que estava se esvaziando e reforçar o fantasma de uma CPI que ameaça o próprio governo de Dilma.
É de um non-sense que lembra o filme “A guerra dos Rose”, no qual o casal Michael Douglas e Kathleen Turner se envolve em um embate mortal, ao final do qual nenhum dos dois sabe mais direito porque estão brigando.
(1) A cláusula "put" permite a um sócio oferecer sua parte para o outro. O outro tem duas alternativas: ou vende para o primeiro, pelo preço que lhe foi oferecido; ou compra. A cláusula "Marlim" garantia à Astra uma remuneração fixa de 6,9% sobre os investimentos que fizesse na mudança da refinaria para processar óleo pesado. Essa cláusula foi colocada porque o refino do óleo pesado beneficiaria diretamente a Petrobras, que seria a fornecedora; e a Astra queria parte desse ganho de rentabilidade.
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