quarta-feira, 16 de abril de 2014

POLÍTICA - Roteiro da manipulação.

Roteiro da manipulação




O festival de manipulações na mídia e na oposição relativo a Petrobras continua. Mais “animado”, mais desonesto e mais recheado de factóides do que nunca. Juntam tudo numa linha editorial única para distorcer e manipular tudo – o andamento do pedido de CPI, o depoimento da presidenta da Petrobras, Graça Foster,  no Senado, a presidenta Dilma Rousseff ter integrado o Conselho de Administração da estatal oito anos atrás quando da compra da refinaria de Pasadena, a prisão de um doleiro, a renúncia ou não ao mandato, do deputado André Vargas (PT-PR)…
Até uma entrevista do ex-presidente Lula há duas semanas já provocou vários editoriais, óbvio, contra o governo, contra ele e a presidenta da República. Juntam tudo como se fosse um caso só. O fato passou por perto desses assuntos já é juntado e vai tudo para a disputa eleitoral do pleito presidencial de outubro. Menos, o caso do cartel tucano nos transportes públicos em São Paulo. Este ninguém quer juntar a esse noticiário fomentado pela mídia-oposição…
Vamos, nós aqui da equipe do ex-ministro José Dirceu, ficar em um exemplo apenas, clamoroso, dessa manipulação toda. Ele foi patrocinado pelo jornal O Estado de S.Paulo. Num exemplo vivo dessa manipulação jornalística exibido há poucos dias, o Estadão começou pela manchete de 1ª página “Procuradoria pede que Dilma e Conselheiros respondam por Pasadena”.
Estadão patrocinou um dos exemplos mais vivos dessa manipulação
A reportagem tratava de um “relatório do Ministério Público ao TCU” no qual o MP recomenda a medida anunciada na chamada da matéria – levar a presidenta da República e membros do Conselho de Administração da Petrobras a responder pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Lendo a matéria, vê-se que o Ministério Público cita “eventuais perdas” e “que o parecer do Ministério Público ao TCU subsidiará a decisão dos ministros (do TCU)”. Ou seja, não há, ainda, decisão alguma do TCU, embora titulo e trechos da reportagem induzam o leitor a esta conclusão. Logo depois, colocam que decisões devem ser tomadas, “caso sejam comprovadas irregularidades”, mas mesmo assim, assinalam  “para o Ministério Público as falhas dos gestores da Petrobras foram acima do razoável”.
As falhas dos gestores foram acima do razoável, ou elas ainda precisas ser comprovadas? É a mídia virando partido político. De oposição.
Relatório do TCU programado para o início da campanha eleitoral
O pior está no meio da notícia com a informação que o TCU usará esse parecer da Promotoria para um relatório que “deve sair em julho, mês em que a campanha eleitoral será iniciada”. Ou seja, eles expõem abertamente o objetivo da notícia e do vazamento, para o Estadão,  do relatório do Ministério Público ao TCU.
Dai para a frente vão construindo a notícia. De forma atabalhoada, de qualquer jeito. Os membros do Conselho de Administração da Petrobras “podem ser chamados a se explicar”; “há evidências consistentes”; “a lei da Sociedade Anônima prevê punição aos gestores quando houver violação ao dever de cuidado, negligência, imprudência ou imperícia”; “o Ministério Público critica a Petrobras por não aceitar a decisão arbitral e recorrer a justiça”….
Como vemos, é um amontoado de suposições sem indícios de provas de dolo ou má-fé e mesmo de negligência, imprudência ou imperícia.
O vazamento do relatório foi com exclusividade para o Estadão.E foi vazado antes mesmo da Petrobras o receber, antes mesmo de o próprio TCU decidir a questão. Ou seja, é um relatório em que o MP prejulga a Petrobras sem respeitar o direito da empresa à presunção de inocência, ao contraditório e ao devido processo legal. É a mídia e o Ministério Público substituindo o Judiciário. É a justiça sumária e de exceção. Até onde vamos com isso? Quando vão parar?

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