segunda-feira, 25 de março de 2024

Cidinha Campos conhecia bem o Brasão.

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Delegado preso colhia informações de Brazão na Alerj, diz ex-deputada

Cidinha Campos, que fazia denúncias contra Brazão, era procurada pelo delegado Rivaldo Barbosa, preso pela PF

 atualizado 

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Reprodução Facebook; Reprodução
A ex-deputada estadual do Rio de Janeiro Cidinha Campos e o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão

Mais notória adversária política de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) preso sob suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco, a ex-deputada estadual Cidinha Campos revelou à coluna nesta segunda-feira (25/3) que as relações promíscuas entre Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa tiveram origem muito antes do assassinato de Marielle.

Autora de inúmeras denúncias contra Domingos Brazão enquanto ele era deputado estadual e alvo de ameaças de morte por parte dele, Cidinha afirmou que Rivaldo ia ao seu gabinete buscar informações sobre Brazão.

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O delegado foi preso pela Polícia Federal, assim como Brazão, por suposto envolvimento nas mortes de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Rivaldo Barbosa é apontado pelas investigações como um dos responsáveis por planejar “meticulosamente” o crime, cujas investigações ele teria ficado encarregado de embaraçar.

“Esse delegado que foi preso, Rivaldo, não saía do meu gabinete, com aquela cara de bom moço. Estava querendo colher informações do que eu sabia, para proteger o Brazão. Ele ia no meu gabinete, ‘deputada se precisar de ajuda eu estou aqui’, era chefe da inteligência. Ele ia no gabinete de uma modesta deputada, que não tinha obrigação de investigar nada, e pedia informações de um cara que era um bandido notório e a idiota aqui muitas vezes contou coisas a ele, não sabia que ele estava envolvido, que era bandido, achei que era um delegado sério”, disse Cidinha Campos na entrevista.

A deputada afirmou que, assim como a família de Marielle Franco, ao lado da qual Rivaldo Barbosa prometeu elucidar o assassinato da vereadora, acreditou que o delegado era “confiável”. “Eu ia contando coisas pra ele da vida do Brazão e ele, com as informações que eu tinha, defendia o Brazão, que era o bandido protegido por ele, uma coisa de louco”, disse a ex-deputada.

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