O departamento boliviano sul de Tarija encerrará neste domingo (22) o ciclo de referendos revocatórios realizados em Santa Cruz, Beni e Pando, considerados ilegais e anticonstitucionais pelo governo.
Os crescentes temores diante dos confrontos entre os opositores e os defensores dessa consulta, junto a suspeitas de fraude, fazem numerosos especialistas considerar que a consulta tarijenha seguirá a mesma fórmula de seus predecessores.
Ainda que o deste domingo constitua talvez o seja menos lesivo ao poder central de La Paz, também recebeu uma ampla rejeição de parte de organizações sociais.
Vários agrupamentos de setores populares estabeleceram bloqueios para impedir a entrada das urnas e o material eleitoral em suas comunidades, o que faz pressagiar confrontações contra aqueles que pretendem obrigar as pessoas a votar.
Em declarações à agência de notícias Prensa Latina, a representante governamental nessa região, Celinda Sosa, criticou a presença ali de membros da União Juvenil Cruzenhista (UJC), promotores de distúrbios nos plebiscitos anteriores.
"A chegada da UJC tem o propósito de agredir e que as pessoas não tenham o direito de dissentir e pensar diferente a eles", afirmou.
A delegada do governista Movimento ao Socialismo destacou as manifestações de repudio a essa votação organizadas em zonas do território por setores afins ao presidente Evo Morales.
Segundo explicou, as ações realizadas por grupos opositores que obrigaram nesta semana ao presidente a suspender uma visita a Tarija, geraram um grande desgosto em boa parte da população.
Ante esse panorama, Sosa expressou sua preocupação pela ocorrência de choques violentos entre ambas as partes e a divisão que provocarão essas eleições no estado.
Agência Prensa Latina
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