quinta-feira, 12 de junho de 2008

MEIO AMBIENTE - Em legítima defesa.

Artigo da ex-ministra Marina Silva.

Folha de S. Paulo - Iinicio minha participação neste espaço com enorme sentido de responsabilidade. Tenho a oportunidade diferenciada de usar um dos bens culturais mais preciosos: a exposição de idéias, base para o diálogo. Gostaria de compartilhá-la com os leitores e de, juntos, pensarmos o Brasil e reunirmos forças para ajudar a transformá-lo. Para começo de conversa, trato de um entrave para o crescimento do país: a postura ambígua do Estado frente ao nosso incomparável patrimônio natural. O Estado brasileiro criou medidas de proteção ambiental, muitas vezes em situações difíceis. Esse acúmulo alcança hoje limiar estratégico de inserção da variável ambiental no coração do processo de desenvolvimento. A sociedade entende esse momento, apóia, demanda. Diante disso, o Estado não pode se encolher diante do ponto a que ele mesmo chegou. Movimentos retrógrados, saudosistas do tempo da terra sem lei, fazem pressões e recebem acenos de possíveis flexibilizações. Mas a sociedade bloqueia e restringe esses acordos. A Amazônia é o maior exemplo. A opinião pública mantém o debate, banca o combate ao desmatamento, dá suporte para a manutenção da lei do licenciamento e para a não-flexibilização da legislação ambiental. O certo é que o Estado, em todos os seus níveis, não consegue utilizar o grande capital político de que dispõe para acompanhar o pique da sociedade. Ela cresceu, passou a perceber seus problemas de maneira mais complexa. O Estado cresceu, mas não amadureceu. Há agora uma discussão importante que resume tudo: é preciso dinheiro para implementar as medidas e normas criadas, porém a relatoria ambiental do Orçamento que está sendo discutido no Congresso foi entregue à bancada ruralista, cuja oposição às medidas de combate ao desmatamento é conhecida. Talvez tenha havido uma negociação para assegurar aos aliados a relatoria das agendas de aceleração do crescimento. E o meio ambiente parece não ter tido a mesma prioridade. Boa parte do Estado ainda vê na política ambiental um mal necessário. Fala-se em compatibilizar desenvolvimento e meio ambiente, como se fossem adversários a serem conciliados. O Brasil não tem que compatibilizar, tem que buscar um crescimento econômico cuja concepção já contenha a conservação ambiental. Que não veja as áreas preservadas como partes "retiradas da produção" e, sim, como imprescindíveis à produção equilibrada e com alguma noção de bem público. Isso é possível? Se não for, para um país que ainda tem 60% do seu território com florestas, então é mesmo hora de aumentamos, em legítima defesa, nosso estado de alerta.

11 comentários:

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Alma de Cupim

Luiz Domingos de Luna
www.revistaaurora.com.

Adora a existência
Contempla o natural
O espaço sideral
Inteligência da potência

Muda a paisagem
Destrói a natureza
Maltrata a beleza
Em qualquer passagem

Dialética humana
Constrói o artificial
Dizima o natural
Da fumaça que emana

A construção de desertos
Na alma impregnada
Não pode sobrar nada
Em campos abertos

Qualquer jardim
Deve ser venerado
Aplaudido e aclamado
Querendo o seu fim

Luta demente
Não tem beleza
Não tem natureza
Não tem jasmim

Jardim da humanidade
Todos têm direito
Qual foi o defeito
Todos defendiam
Todos aplaudiam
Não tem mais jardim
Não tem mais culpado
O tempo rolado
Num mundo sem fim
Corpo humano
Alma de cupim.

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Quem sabe? Se cada ser humano tivesse a oportunidade de passear pelo os confins do universo gelado, os homens não poderiam se tornar humanos de verdade.

Passeio Cósmico

Luiz Domingos de Luna
www.revistaaurora.com

Entre galáxias quentes
Quasares gigantes
Tudo tão distante
É tão diferente

Não tem gravidade
É uma queda de gênio
Não tem oxigênio
Estranha suavidade

O terror da matéria
Viva atrevida
Não tem vida
Do humano a miséria

Não tem cultura
Luz escuridão
Alma em aflição
É somente tortura

O medo grita
O silêncio calado
No mundo gelado
Sem terra e guarita

Há anos, ativo.
Vejo um ponto
Pare uma foto.
E ali que vivo

Um traço obscuro
Não parece uma bola
A câmera giratória
A terra procuro

Perdido no infinito
Leva-me de volta
De tanta viravolta
Sinto-me perdido

Que tal existência
Aonde vai me levar
Onde queres chegar
Só vejo a ausência

Nos confins um grito
Não sei decifrar
Mas vou escutar
E assim repito

Um barulho estranho
Parece um cano
A água derramar
Cadê gravidade
A tua humanidade
Para poder parar

Vejo-me girando
Eu mesmo falando
Onde vamos chegar
Tudo é mistério
Grande interrogação
È poder da matéria
Ou da criação?

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Planeta que chora
Luiz Domingos de Luna
www.revistaaurora.com

Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
por que a poluição ?
o farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só ?

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Universo em Ebulição

Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com

A Razão derramada imponente
Espera a emoção ser filtrada
Um planeta sem enquadramento
Numa existência não observada

Nascimento das trevas e da luz
Luta de um perfeito alinhamento
São razões, emoções - pensamento.
Corpos girando em universo reluz.

Poder de uma grandeza infinita
Uma mensagem a ser decifrada
Quem percorre esta estrada
Sente a dor de quem grita

Porque derramada existência?
A razão não sabe contemplar
A emoção perdida a divagar
Na corrente de um sonho eterno
Em um tempo, a um só tempo
Poder, quem sabe um dia, revelar.

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Enquanto neste país, a campanha eleitoral for financiada por grupos que atendem aos interesses dos grandes capitais, muitos marionetes do capitalismo selvagem, excludente, individualista, fonte geradora do compadrio comprometedor que faz com que, após eleitos, sejam em alguns casos defensores intransigentes de grupelhos mercantis, sem nenhum compromisso com o desenvolvimetno do Brasil e principalmente com uma política que venha beneficiar a todos os brasileiros, preferenciando os mais humildes. Tudo é motivo de descrédito, de subdesenvolvimento e de atraso.
Triste sina
Luiz Domingos de Luna
www.meninodeusaurora.com.br

Que triste sina esta minha!
De nascer neste torrão
Pegado na mão da miséria
E agarrado no fracasso
Tem que ter nervo de aço
Para não virar pedaço
E suportar a aturação
O poeta é graduado
Mas sem anel ou anelado
Não vai mudar o estado
Da nossa situação
Convidei os folcloristas
Para assistir nosso forró
Sem sanfona, sem zabumba.
Sem triângulo e sem suor
O teclado agora berra
Não tem mais o pé de serra
Não sei se acerta ou erra
Quem tirou o pão de ló
Fomos olhar a boiada
Que era tangida na estrada
Pois o chocalho se ouviu
Que boiada que nada
Era um coitado que cantava.
E seu nome era Brasil.
Convidamos toda a mídia
Jornal, rádio e televisão.
Todos gritaram a uma só voz
É uma doença que
atingiu o seu coração
É um vírus persistente,
É uma força onipresente
O seu nome é conhecido
É um bicho bem sabido
O nome é corrupção
Ataca a democracia
Corrói a instituição
O direito se esfarela
Pois até a sua costela
Vira massa de construção
Acaba-se o operário
Ou espertalhão ou otário
Eis aí a prescrição
Dá uma febre danada
O termômetro não
baixo nada
Pois pode olhar a pesquisa
Só se olha o do outro
que se visa
Não tem mais o cidadão,
São esperto, vivo, sortudo, sabido?
Todos são conhecidos
Mas não com nome
de ladrão.
Quem falar isso é mentiroso, não é patriota,
Não passa de um agiota
Que quer loar a vernaculação
Cadê a ética, a cidadania.
A dignidade, a família
o Estado.
A sociedade, o contrato social,
Ainda bem que a justiça
é cega,
O futuro se encerra,
em mais um filme
que todo mundo viu,
a imprensa não foi silenciada,
mas, por mais grito,
mais grito, mais roucada,
mais dia, menos dia
fica calada, pois é um grito
que ninguém quer ouvir mais não.
É o dia da diária
A quinzena da
quinzenada
É a mensalada do
mensalão
É o grito da boiada que
ficou para trás não
tem mais boiada não.
É o sertão que virou mar
É o mar que
virou sertão.

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

O Obsoleto

- Por que tenho que respirar?
Pisar na terra, no solo, na água e no mar.
Agarrado à gravidade
Para uma besta morte, me levar.
-Não dar para ser diferente?
Tenho que ser dependente
Da terra, do fogo, da água e do ar?
-Por que não sou uma semente?
Para o sopro de a vida continuar
-A clorofila eu sei processar
Ao ar, não preciso contaminar.
Tenho meu próprio alimento
Na terra, no fogo, na água e no mar,
Um planeta livre, rotativo.
- Tem como ficar torto
Não, morto? - não
Com certeza
Está vivo.”
Fonte:O Globo.mobi :: Blog :: Comentários
Luiz Domingos de Luna

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Aos Seres Humanos

Luiz Domingos de Luna
www.revistaaurora.com


Quebrando correntes
No tempo a passar
Mistérios a desvendar
A todo o momento

Se tudo fosse diferente
Teria o ser humano
O pensar, um plano.
Da existência presente

Que show arriscado
De um palco sem fim
O infinito vem a mim
Ou já foi programado

Tanta existência
Quem vai usufruir
O tempo destruir
Ou há consistência

A Vida acompanha
As etapas da curva
Existe uma luva
De potência tamanha

Controlar o processo
De toda imensidão
É plenitude da razão
Ou pensamento, ao inverso.

É do ser humano obrigação
Conhecer todo o infinito
Ou existe um conflito
Buscando interrogação?

Já não é chegado
A hora de saber
Do universo o porquê ?
Na existência - postado.

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

sO professor Luiz Domingos de Luna aceita a postagem de seus trabalhos em todos veículos que difundam a arte leterária, sem a necessária autorização do autor, porém, é vedado quaisquer contatos com o autor, visto seus trabalhos serem postados para o engrandecimento da epistemologia genética da humanidade. Busque na web- Luiz Domingos de Luna- Faça sua postagem, caso goste das poesias.

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Entre Colunas

Luiz Domingos de Luna
www. Revistaaurora.com

Entre nascimento e morte
Pego o meu passaporte
Numa vida a bailar
Dos dois pontos faço linha
Numa estrada que caminha
Na sorte ou no azar
Entre colunas eu fico
Sempre a caminhar
Não pode ter acidente
Senão quebra a corrente
Já não posso respirar
Uma reta esticada
Cada passo, uma pisada
Tenho que controlar
Não posso sair do prumo
Ou então um tombo
Para me derrubar
Do útero para cova
Uma vida se renova
Cheirando interrogação
No meio das ampulhetas
Viro pó, sombra e chão.
Ou larva de borboleta
Uma vida nova nasce
É uma transformação ?

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

A Fábrica de Universos
Luiz Domingos de Luna


Os bósons são inteligentes
Escondidos em outra dimensão.
Por que tanta precaução
É um ato consciente?

A ciência está na cola
Graças à matéria escura
Que dificulta a procura
Confunde o eixo da mola

Choque de matéria e luz
Curvado no infinito
São partículas de granito
Ou mistério da órbita conduz?

Esta imantação é problema
Dependência de uma ditadura
Da energia e da matéria escura
Um cárcere privado com algema

Iluminados - O que fará
Com o bóson aprisionado
Um mistério bem guardado
Ou ao humano entregará?

A Quem interessa?
Uma fábrica de universo
Os paralelos diversos
Para que tanta pressa

Um universo precisa
De um planejamento
Senão o novo engole a gente
Seja humano ou não
Tudo vai para o ralo do nada
Cadê a inteligência em projeção
A Consciência e a razão
Virou tudo fragmento
Não basta o pensamento
No túnel do tempo
Numa vida a bailar

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. disse...

Espaço de luz!
Luiz Domingos de Luna

Uma idéia nasceu
Percorreu o espaço
Sinto o que faço
Já não sou eu

A obra que rola
Na esfera social
No arremate final
Parece uma bola

Cada chute uma pancada
-O Público já analisou
Pois, ele é sempre o senhor.
Da obra que foi criada.

Estrada corrente de dor
Cada letra uma pisada
Toda linha esmagada
Na lógica do leitor

O Conjunto é uma esfera
De vértice quebrado
Ou tem giro acelerado
Ou o motor emperra

Passar no crivo social
Num filtro bem condensado
Na página, tela, lixo ou lado.
O Poema tem seu final.