terça-feira, 16 de março de 2010

ECONOMIA - Suicídios amedrontam brasileiros nos EUA.

Crise econômica: suicídios amedrontam brasileiros nos EUA

A crise econômica que mergulhou o capitalismo americano na recessão também faz vítimas entre a comunidade de brasileiros nos Estados Unidos. Seis deles já se suicidaram desde o início de 2010, motivados por questões relacionadas à crise econômica do país.

De acordo com o jornal da comunidade brasileira nos EUA, o AcheiUSA, " a solidão, crise financeira, exploração no trabalho, arrocho das leis de imigração, são situações presentes na vida dos brasileiros que vivem no país e que ganharam contornos ainda mais dramáticos com a crise".

Este ano, seis brasileiros cometeram suicídio nos Estados Unidos. O jornal acredita que a causa principal é a depressão, "uma doença séria e que, como tal, deve ser encarada com seriedade e necessita de tratamento", considera.

Mas ao citar os casos, surgem evidências que a crise econômica é o maior fator que provocou a depressão.

Em Massachussets, há uma semana, o mineiro Edvar Cunha, de 64 anos, colocou um ponto final em sua vida, aparentemente por causa de dívidas. O mesmo motivo foi apontado por amigos para o suicídio do capixaba Adenilton Pereira. Proprietário de um bar em Elizabeth, no estado de Nova Jersey, ele se enforcou com o fio do ventilador e deixou esposa e filhos.

"Cléberson Ferreira Rodrigues, matogrossense que vivia no Texas, e Lydia Di Dio, que se jogou na frente de um caminhão em Ohio, tiveram o mesmo fim trágico". Na Flórida, o caso mais recente foi a da gaúcha Yolanda Gomes Falk, ao se jogar do 9º andar do prédio em que morava, em Miami Beach, segundo relata o AcheiUSA.

"A psiquiatria já produziu estudos que comprovam a associação entre o número de suicídios e crises econômicas. Foi assim durante a Grande Depressão em 1929, por ocasião da quebra da Bolsa de New York, e – para buscar um exemplo bem brasileiro – repetiu-se na época do confisco da poupança no Plano Collor", conta o jornal.

A psicóloga aposentada Maria Bulhões, ouvida pelo jornal, acredita também na existência de outros fatores, "como a pressão pela falta de documento, de emprego e até de uma identidade maior com o país em que vivem, "afirma.

Maria observa que a depressão que leva ao suicídio pode atingir qualquer pessoa, independente do sexo ou idade. Aponta também que as mulheres são mais sujeitas a este tipo de crise pelo que chama de "fragilidade emocional".

Da redação, com informações do jornal AcheiUSA

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