Copiei esta matéria do blog do Luis Nassif.
Agora podemos saber o que os americanos pensam da futura presidente do Brasil.
Sempre foram curiosos os informes da diplomacia americana sobre os dirigentes brasileiros. São informes confidenciais onde, muitas vezes, há espaço para avaliações pessoais pouco formais.Lembro-me pouco antes da posse de FHC, que fui convidado para um almoço com o embaixador americano recém nomeado. Era um sujeito proveniente do FDA (o departamento de combate às drogas. A conversa foi curiosa porque ele não era nem um pouco sutil. Concordou com minha avaliação sobre a falta de vontade transformadora de FHC, mas com uma ênfase de quem acreditava que a imprensa brasileira, de forma generalizada, tem os mesmos compromissos com o “off” da imprensa americana.Obviamente respeitei o “off”, mas ele podia ter criado um incidente diplomático grave, se a conversa tivesse sido com quem não respeitasse.Digo isso a propósito do informe do consulado americano sobre a Ministra Dilma Rousseff. O furo foi da Zero Hora. Como não consegui descobrir o endereço original, recorro à citação feita no Blog do Josias. Clique aquiCom a ajuda de vocês, aqui o link da Zero Hora.Gestora durona: “Rousseff entrou para o PT em 2001 e trabalhou no processo de transição de governo em 2002. Ela é uma gestora durona e exigente, que vai perseguir a qualificação da implementação de políticas administrativas. Ela está menos para o político de holofote, como [José] Dirceu, de ringue político, por ser mais focada em atacar a 'burocracia'.Assaltos a banco e guerrilha: “Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, o Estado de Minas Gerais. Seu pai era um promotor búlgaro, que se naturalizou e tinha cidadania brasileira. Ela se tornou ativamente envolvida com a oposição ao regime da dtadura mlitar em 1967, aos 19 anos, enquanto cursava Economia em Minas Gerais. Entrou para vários grupos clandestinos, organizou três assaltos a banco e então foi co-fundadora do grupo de guerrilha chamado Vanguarda Revolucionária Armada de Palmares”;Marido seqüestrador e eletrocoques: “Rousseff se separou do primeiro marido, Cláudio Linhares, que, em janeiro de 1970, seqüestrou um avião para Cuba e permaneceu lá. Naquele mesmo mês, ela foi capturada pelo Regime e aprisionada por três anos (o oficial se referiu a ela como Joana D'arc dos subversivos), incluindo 22 dias de brutal tortura de eletrochoque”;Formação acadêmica e gostos pessoais: “Rousseff tem grau de mestre em Teoria Econômica pela Universidade de Campinas e um doutorado não concluído em Economia. Em 1992, ela participou como visitante de um programa internacional nos EUA. Ela está atualmente separada do seu segundo marido (que também era um militante da oposição). Ela tem uma filha, Paula, em Porto Alegre, onde ela passa os finais de semana. Ela gosta de cinema e música clássica. Recentemente ela perdeu peso, depois de, alega-se, adotar a dieta do presidente”;Da desconfiança aos elogios: “Com seu background técnico e um estilo no-nonsense, Rousseff recebeu respeito relutante do setor da Energia. Enquanto as Cias. norte-americanas estavam inicialmente desconfiadas quando ela foi designada para o cargo de [ministra das Minas e] Energia, agora admitem que ela fez um trabalho competente. Em particular eles a saúdam por sua disposição em ouvir e responder posições e idéias, mesmo quando está inclinada a uma conclusão diferente. Ela tem a uma reputação de negociadora dura, ser persistente e de prestar muita atenção aos detalhes. Adjetivos usados aqui por aqueles que trabalham com ela incluem exigente e workaholic”;Inapetência política: “Diferentemente de José Dirceu, Rousseff nunca foi eleita para cargo público e seus contatos com o Congresso são limitados, o que sugere que a coordenação política da administração será tarefa de outros. A imprensa diz que Lula espera que ela produza um 'choque de gestão' na administração, a qual, por causa da ineficiência administrativa, entraves burocráticos e, mais recentemente, pelos muitos escândalos de corrupção, encontra-se estagnada.
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