A Petrobrás descobriu uma camada de reservatórios que tem 800 km de extensão e que se estende do litoral do Espírito Santo até Santa Catarina. Para chegar a esta descoberta, a Petrobrás realizou pesquisas durante 30 anos e investiu mais de U$ 2 bilhões, correndo todos os riscos. O governo FHC, na sua conduta subserviente ao "Consenso de Washington", mudou a lei do petróleo, permitindo que empresas multinacionais, que não investiram, que não correram riscos, possam se associar à Petrobrás (por não terem a tecnologia da nossa empresa), a fim de comprar, a preços irrisórios, blocos das áreas estudadas pela Petrobrás. Essas compras são feitas através dos leilões estabelecidos pela ANP, e por meio deles, essas empresas multinacionais auferem mais de 50% de lucro sobre a lavra.Agora chegou a notícia que a sêde de ganhos das multinacionais é cada vez maior. Chega num momento em que os preços do produto já superaram U$ 125/barril. Ficamos sabendo através da Bloomberg News, que a Merril Lynch, grande corretora americana, declarou que comprar ações da Petrobrás e, simultâneamente, vender papéis do Citigroup tem sido "o negócio do ano". São estas especulações das" commodities", como o petróleo, que estão ajudando também a subida do preço do barril. Daí a resistência da OPEP em aumentar a oferta do produto. Essa troca de ativos mencionada pela Merril Lynch, já vinha acontecendo e foi mais estimulada devido a redução dos juros determinada pelo FED (Banco Central Americano). O que ocorre é que os investidores estão focados nas recentes descobertas da Petrobrás. Por isso, temos ultimamente, através deste blog, apoiado a campanha (omitida pela grande imprensa), da AEPET, do Sindipetro, da Fup e outros movimentos sociais, no sentido que seja defendida nossa soberania nesta área tão estratégica para o nosso país.
Carlos Dória
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