Fluxos migratórios e urbanização caracterizam a demografia contemporâneaO crescimento da população mundial tem-se concentrado quase exclusivamente nas regiões mais pobres e só a emigração tem permitido algum crescimento populacional nos países mais ricos. De acordo com dados revelados esta semana, em 2008, pela primeira vez, mais de metade da população mundial vive em cidades. Em Portugal, a população deve descer 12% até 2050.
Um estudo divulgado esta semana pelo Departamento de Referência da População (com sede nos Estados Unidos) conclui que o crescimento demográfico dos últimos anos se tem concentrado quase exclusivamente nos países pobres.
Segundo os dados, a população mundial atingiu os 6.700 milhões em 2008, vivendo apenas 1.200 milhões de pessoas nos países desenvolvidos. Essa disparidade deverá aumentar até 2050, quando se prevê que a Terra seja habitada por 9.300 milhões de seres humanos, 86% dos quais em países pobres.
Um esclarecedor exemplo apontado no relatório é o da Itália (60 milhões de habitantes) e do Congo (67 milhões): com populações actuais semelhantes, em 2050 os italianos deverão atingir os 62 milhões, enquanto que no Congo a população deverá ascender a 189 milhões.
A China (1.324 milhões de habitantes) e a Índia (1.149 milhões) são os países mais populosos do mundo, prevendo-se que até 2050 a população indiana ultrapasse a chinesa.
O relatório prevê quebras populacionais generalizadas até 2050 para a maior parte do mundo desenvolvido, com destaque para a Rússia (22%) e Japão (25%). A população portuguesa deverá decrescer 12% neste período, voltando a situar-se claramente abaixo dos 10 milhões de habitantes.
O estudo salienta ainda que em 2008, pela primeira vez, mais de metade da população mundial estava a viver em cidades.
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