sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ELEIÇÕES AMERICANAS - Ruma à Casa Branca.

A corrida pela Casa Branca está a todo vapor nos Estados Unidos. Os dois candidatos na disputa superaram inúmeros obstáculos para conquistar a indicação de seus partidos e prometem uma das mais memoráveis campanhas presidenciais da história americana para novembro deste ano.

A BBC Brasil vai acompanhar diretamente dos Estados Unidos as principais notícias e eventos da disputa eleitoral.

Virada de jogo?
por Bruno Garcez (de Washington, 21/08)

Parecia que a eleição já estava no papo para Barack Obama.

Ele tinha a liderança nas pesquisas, a preferência da mídia e a vantagem de ser contra uma guerra impopular, apoiada por seu rival, que, para piorar, também conta com o apoio e pertence ao mesmo partido que o presidente George W. Bush.

Mas então o que foi que levou, subitamente, John McCain a empatar com Obama nas pesquisas e, em algumas, até a passar à sua frente?

As próprias sondagens trazem algumas respostas.

Uma recente pesquisa do Pew Research Center mostrou que quase metade dos consultados disseram já ter ouvido e lido notícias em demasia sobre Obama.

Um sinal de que, ao menos internamente, a recente viagem do senador à Europa, onde foi praticamente recebido como o presidente eleito, pode ter cativado os europeus, mas pode ter sido recebida como um gesto de triunfalismo por parte dele.

A sondagem de hoje do jornal Wall Street Journal que mostra empate técnico (McCain com 45%, Obama com 42% e margem de erro de 3%) oferece outras pistas.

Clique aqui para ler a reportagem do Wall Street Journal.

McCain soube, de um mês para cá, explorar com êxitos dois temas, um no cenário nacional, outro, no contexto internacional.

O republicano tem defendido a exploração de petróleo em águas profundas, como uma alternativa à alta de preços do combustível.

A medida, à qual os democratas se opõem, é pouco realista, visto que a utilização do petróleo explorado além das regiões costeiras só se daria dentro de uma década ou mais.

McCain cravou pontos no último mês
McCain cravou pontos no último mês contra Obama nas pesquisas

Mas, ainda assim, a proposta cai bem junto a eleitores cansados de pagar o que consideram uma exorbitâncias na hora de encher o tanque.

O republicano também marcou um ponto ao reagir de forma enérgica à invasão da Geórgia pela Rússia, enquanto que Obama optou por uma resposta mais diplomática para só depois se posicionar de forma mais enfática.

Analistas afirmam que a sorte de Obama poderá mudar a partir da próxima semana, quando acontece a Convenção Democrata, na cidade de Denver.

As convenções, nas quais são ratificadas as candidaturas dos escolhidos do partido, já ajudaram a impulsionar campanhas.

Foi o que aconteceu com Bill Clinton, em 1992, que após a convenção viu o seu índice de intenção de votos subir 16 pontos.

Muitos apostam que para obter um bom resultado, Obama precisará também fazer uma boa escolha para vice-presidente em sua chapa. O anúncio do nome escolhido promete se dar no sábado, mas isso já é tema para a nossa próxima coluna...

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