O Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em Pequim Ricardo Stuckert / PR.
PARA LUIZ CARLOS DA ROCHA ESSE É UM DOS RESULTADOS “DA MELHOR POSTURA DO PAÍS NA ÁREA INTERNACIONAL, QUE SE TORNOU MAIS ATRAENTE PARA OS INVESTIMENTOS POR CAUSA DA ALEGRIA E DA SEGURANÇA JURÍDICA OFERECIDA“
“Mais uma boa notícia para o Brasil, fruto da retomada das boas relações com o mundo. Mais 38 frigoríficos brasileiros já podem exportar carnes para a China. Um dia histórico na relação comercial Brasil-China e também para o agronegócio do nosso país. Já abrimos 96 novos mercados e vamos continuar crescendo“, disse o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sua conta oficial na plataforma social de microblogging ‘X‘, ao lado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O secretário de ‘Comércio e Relações Internacionais‘ do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que as recentes habilitações de 38 novos frigoríficos brasileiros para exportação de carne para a China têm o potencial de aumentar a balança comercial do Brasil em cerca de R$ 10 bilhões a partir deste ano de 2024, com o impacto positivo de gerar empregos e renda nas regiões produtoras, contribuindo para a economia local.
Por conta da boa notícia, o advogado Luiz Carlos da Rocha afirmou em seu ‘X’ que “vão dizer que é sorte do Lula“, mas “é resultado da melhor postura do país na área internacional, que se tornou mais atraente para os investimentos por causa da alegria e da segurança jurídica oferecida“.
O analista da consultoria ‘Safras & Mercado‘, Fernando Iglesias, destaca que as novas habilitações favorecem a consolidação do Brasil como fornecedor de proteína animal para a China, que, segundo ele, indica interesse em continuar comprando carne brasileira.
Assim, Iglesias prevê um aumento nos volumes de carne bovina, porém sem elevação nos preços, devido à desvalorização da moeda chinesa, conforme mostra matéria no ‘Globo Rural‘. Este cenário força os importadores chineses a revisar suas estratégias de compras, na tentativa de baixar os preços da tonelada adquirida.
A ampla oferta de carne suína no mercado chinês está impactando as cotações. A produção na China aumentou após o combate da peste suína africana, resultando em níveis elevados. As habilitações podem ter um efeito imediato sobre a arroba do boi gordo, limitando a queda, mas a pressão da oferta de bovinos deve persistir no primeiro semestre.
O secretário do Ministério da Agricultura ressaltou que as autorizações da China estão diversificando as origens das exportações brasileiras, abrangendo quase todas as regiões do país, exceto o Nordeste.
Grandes, médias e pequenas empresas em vários estados foram habilitadas, o que distribui a demanda de forma significativa. Segundo um analista da ‘Safras & Mercado‘, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Mato Grosso se destacam entre os estados contemplados.
Além disso, acredita-se que Mato Grosso tem potencial para se tornar o maior exportador de proteína animal do Brasil novamente. O presidente da ‘Associação Brasileira de Frigoríficos‘ afirmou que o grande número de habilitações reflete o sucesso do governo em ampliar a participação do Brasil no importante mercado chinês.
Apesar das recentes habilitações, o presidente da ‘Abrafrigo‘ ressalta a necessidade de intensificar esforços para incluir frigoríficos de outras regiões, como o Nordeste, que ainda não têm autorização para comercializar com a China.
Ele destaca a importância de gerar oportunidades e riqueza nessas regiões menos favorecidas. Além disso, a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) enfatiza que as novas habilitações resultam do trabalho conjunto do setor, Ministério da Agricultura e ApexBrasil, ampliando a participação brasileira no mercado internacional, especialmente na China, principal destino das exportações de carne brasileira.
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