quinta-feira, 20 de agosto de 2009

COLÔMBIA - Senado colombiano aprova referendo para terceiro mandato.

É muito provável que o PIG esconda essa notícia.

por Michelle Amaral da Silva

O projeto será submetido à votação na Câmara de Representantes, onde, de acordo com a bancada governista, há uma ampla maioria a favor. Se for aprovado, passará à Corte Constitucional e logo depois pode ser levado às urnas
O projeto será submetido à votação na Câmara de Representantes, onde, de acordo com a bancada governista, há uma ampla maioria a favor. Se for aprovado, passará à Corte Constitucional e logo depois pode ser levado às urnas

Opera Mundi

O Senado da Colômbia aprovou, por 56 votos a favor, a realização de um referendo para perguntar aos eleitores se aprovam uma mudança na Constituição para permitir que um presidente se candidate a três mandatos consecutivos. Isso daria a Álvaro Uribe a possibilidade de concorrer de novo nas próximas eleições, em 2010. O esquerdista PDA (Polo Democrático Alternativo) e o também opositor PL (Partido Liberal) se recusaram a votar.

O projeto será submetido à votação, na próxima semana, na Câmara de Representantes, onde, de acordo com a bancada governista, há uma ampla maioria a favor. Se for aprovado, passará à Corte Constitucional e logo depois pode ser levado às urnas, onde os colombianos decidirão a favor ou contra a reeleição do atual presidente.

Uribe, que foi eleito em 2002 e reeleito em 2006, ainda não anunciou se está disposto a se submeter a um terceiro mandato presidencial.

"Muito obrigada em nome de todos aqueles colombianos que acreditam que a política de segurança democrática devolveu a esperança ao país", afirmou o ministro de Interior Fábio Valencia, ao final da votação.

Oposição

Durante a discussão do texto do referendo, a oposição voltou a criticar o governo. O senador do PDA Gustavo Petro se posicionou contra a continuidade de poder, afirmando que "o governo em oito anos não foi capaz de tirar o Estado das máfias".

Já o senador Juan Manuel Galánm PL, filho do ex-candidato presidencial Luis Carlos Galán Sarmiento, assassinado há 20 anos pela máfia, disse que seu partido não participaria "do massacre da Constituição de 91".

Igualmente, antes da votação, vários parlamentares arremeteram contra a Suprema Corte, que ordenou a revista das casas dos congressistas conservadores Alirio Villamizar e Juan Manuel Corzo. A Corte investiga os parlamentares por supostos vínculos com a repartição de benefícios em troca de votos a favor da reeleição de Álvaro Uribe em 2006.

No páreo

Horas antes do início dos debates na Câmara, o ex-ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, reuniu-se com Uribe na capital Bogotá e anunciou, mais uma vez, sua intenção de candidatar-se à presidência.

"Eu disse ao presidente que se houver referendo, reeleição e ele quiser se candidatar, conta com meu total e absoluto apoio. No momento em que ele, por algum motivo, decidir não se apresentar, então, eu serei candidato a suceder-lhe", disse Santos.

Santos foi o principal mentor da política de segurança democrática que se tornou o carro chefe do governo Uribe, cujo principal aspecto trata do combate às guerrilhas colombianas por meio da ação militar, não negociada.

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