Um argentino cuja mulher foi presa pelo regime militar quando estava grávida de quatro meses finalmente conheceu seu filho, depois de 32 anos.
Abel Madariaga, que é secretário da organização Avós da Praça de Maio, fugiu para o exílio assim que a mulher foi levada, mas ao voltar à Argentina, dedicou sua vida procurando notícias dela e do bebê.
Na semana passada, um teste de DNA realizado em um jovem que procurou ajuda da entidade após ter descoberto que havia sido adotado revelou que ele era o filho desaparecido de Madariaga.
O encontro entre pai e filho ocorreu na terça-feira, em Buenos Aires.
'Vazio'
"Ele se parece com a mãe, mas o coitadinho infelizmente herdou uns traços meus", brincou Madariaga. "Assim que entrou pela porta, nos reconhecemos imediatamente".
O rapaz, Francisco, disse sentir que recuperou sua identidade. "Eu sentia um vazio muito grande, que agora desapareceu", afirmou.
Segundo o grupo Avós da Praça de Maio, o oficial do Exército que tinha levado Francisco para casa foi preso na última sexta-feira.
O grupo já encontrou cem jovens que nasceram na prisão de mães perseguidas pelo regime militar e foram criados por famílias de militares.
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