🔥 Gosta do jornalismo que eu faço? Ele só existe porque pessoas como você me apoiam. Seja mais um! Custa quase nada e vale muito! ➡️ https://apoia.se/leandrodemori ANTES DE TUDO, PRESTE ATENÇÃO NISSOMuitas gente anda pedindo pix para ajudar as pessoas nessa catástrofe. E muitos golpes estão rolando por aí, para além de uso político. Veja o exemplo do deputado gaúcho Zucco. Notaram o CNPJ na mensagem? É de um tal Instituto Harpia Brasil. Segundo seu site oficial, o Instituto Harpia Brasil tem por objetivo "a defesa e a promoção dos ideais liberais econômicos e da proteção à propriedade privada". Ou seja: uma ONG do Agro Pop que nada tem a ver com as enchentes. NÃO CAIA EM GOLPEA plataforma APOIA.se e o MTST criaram juntos a campanha Alimente os atingidos pelas enchentes no RS. ACESSE ESTE LINK https://apoia.se/enchentesrs Pode ser também via pix: enchentes@apoia.se Em setembro do ano passado foram milhares de refeições distribuídas. O Rio Grande do Sul levado pela águaNão era novidade e nem mesmo inesperado. E antes de mais nada: desconfie em quem diz que não devemos “politizar” essa questão. Pois é isso que faremos nesta newsletter. Esta questão não é mística, ela é política. E as coisas só se movem na sociedade quando todo mundo está prestando atenção. As chuvas que chegaram ao Rio Grande do Sul esta semana foram previstas por institutos de meteorologia e outras entidades que fazem monitoramento do clima. Veja este exemplo: Os meteorologistas não esconderam em nenhum momento que a situação poderia ser mais grave que a enfrentada nas enchentes de setembro do ano passado. Aí você pode pensar: “Bom, o governo do Estado está ciente da gravidade e da possibilidade de destruição que essas chuvas podem causar e vai ao menos agir para amenizar o problema”. Sim, estava ciente. E não: não fez nada. As fortes chuvas já ocorriam desde o final da última semana, porém, a partir da segunda-feira (29) tomaram uma proporção catastrófica. Municípios que já haviam sido devastados em outubro vivem outra vez o caos. E regiões que até então haviam passado incólumes às enchentes anteriores foram severamente atingidas desta vez. As imagens que vemos poderiam ser facilmente confundidas com cenas de filmes sobre catástrofes. Casas sendo arrastadas ou desabando, pessoas aguardando resgate em telhados, pontes caindo, crateras abrindo no meio de ruas e rodovias, deslizamentos de terra. O centro de Porto Alegre sofre a maior inundação de sua história. Mais da metade dos municípios gaúchos foram atingidos e a chuva segue na tarde de hoje. Diante desse cenário, o governador Eduardo Leite teve a brilhante ideia de ir às redes sociais cobrar ajuda do governo federal. No mau sentido, isso sim é “politizar” o debate. É inacreditável que o governador, que quase NADA fez desde a última chuva de setembro, comece o trabalho de agora criando ruído em redes sociais e alimentando as matilhas do ódio. Nada aprendeu? Lula esteve no Rio Grande do Sul durante a quinta-feira (2) para acompanhar os trabalhos de resgate e teve uma reunião com o governador Eduardo Leite e outro integrantes do governo federal. O estado de calamidade pública no foi reconhecido pelo governo federal ainda na quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União. O estrago é tão grande que, somente nas rodovias federais, são mais de cinquenta pontos de interdição total ou parcial. Há cidades isoladas. Se somadas às rodovias estaduais, o número passa de 100 pontos. Para piorar, uma parte da barragem da Usina 14 de Julho entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, se rompeu e elevou ainda mais o nível da água. O destino de todo esse volume foi o Rio Taquari, que percorre a região já bastante afetada nas enchentes de outubro, o vale que leva o nome do rio. E tudo isso desemboca em Porto Alegre e na região metropolitana. Inundação em Porto Alegre bate recorde de 1941O lago Guaíba que banha Porto Alegre passou da inundação de 1941, tida até então como a maior de todos os tempos na cidade. À beira do lago existem um muro e algumas comportas que foram erguidos para evitar que a água chegue até a área central da capital gaúcha, o que minimizou mas não evitou o alagamento. Comércios foram fechados e a área central foi evacuada. A cota de alagamento do Guaíba é de 3 metros, mas já passou de 5 metros na manhã de sábado. A Estação Rodoviária está embaixo d’água. O aeroporto está fechado – nenhum avião pousa ou decola. CausasSegundo os meteorologistas, as fortes chuvas são o resultado da combinação de pelo menos três fenômenos climáticos: um cavado, que é uma corrente intensa de vento, além de um corredor de unidade vindo da Amazônia e um bloqueio atmosférico causado pela onda de calor que atinge o Sudeste, impedindo que a frente fria avance, mantendo a chuva estacionada na região: “O cenário era instável na região há alguns dias, mas a soma desses fatores fez intensificar a chuva. O que acontece é que tivemos várias frentes frias que não conseguiram se dissipar para outras regiões por causa do bloqueio atmosférico e, com isso, elas passaram a agir sobre todo o Rio Grande do Sul”, explicou o meteorologista Fábio Luengo. Em um ano, mais de cem pessoas morreram em função das chuvas no RSA forte chuva que assola o Rio Grande do Sul no momento está longe de ser um evento isolado. Desde junho do ano passado o Estado enfrenta agora o quarto evento climático de grandes proporções. Em 2023, episódios climáticos mataram pelo menos 80 pessoas. A tendência é de que o número de mortos aumente ao longo dos dias. É o “novo normal”. Há 16 anos, cientistas do mundo inteiro já apontavam o Rio Grande do Sul como futuro epicentro de eventos climáticos extremos no Brasil. Os desastres não são naturais, são o resultado da falta de planejamento dos governos e de escolhas humanas. Vejam essa linha do tempo feita pela deputado Matheus Gomes no ICL notícias. Governo Federal adia “Enem dos Concursos”Na última quinta-feira (2) o Governo Federal afirmou que, mesmo com o estado de calamidade pública que assola o Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado, apelidado de “Enem dos Concursos”, seria mantido e realizado neste domingo (5). Informações desencontradas causaram confusão desnecessária. Durante a tarde de sexta-feira (3), a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, declarou que a prova seria adiada: “Estamos diante de uma calamidade de proporções inéditas no Brasil. Nosso primeiro compromisso é nos solidarizar com as vítimas desta tragédia. A gente sabe que os candidatos estavam preparados e estudando. Estávamos focados em garantir a realização da prova, mas o cenário da região Sul foi se agravando a cada hora. A conclusão é que seria impossível realizar a prova no RS pelo risco das pessoas envolvidas nesse processo”, disse. O governo ainda não definiu uma nova data para a realização das provas. Estou marcando uma entrevista com a ministra para segunda-feira no Desperta ICL com Leandro Demori. Fiquem de olho. Link aqui. _ pesquisa e texto base: Gerson Urguim Gostou deste conteúdo? Antes que você saia, leia isto.ESTA NEWSLETTER EXISTE GRAÇAS À NOSSA COMUNIDADE. FAÇA PARTE AGORA! |
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