O Movimento de Países NÃO Alinhados (NOAL) abre hoje uma nova etapa para a busca de uma nova ordem internacional das comunicações mais equilibrada e orientada ao sul.
A VII Conferência de ministros de Informação do NOAL, de 2 a 4 de julho, demonstrou, ainda antes de seu encerramento, a existência de um conceito que reconhece a necessidade de uma mudança radical no terreno da informação, dominada por padrões do norte desenvolvido.
O encontro de umas 90 delegações deixou claro que, ademais, expressa-se um convencimento sobre a necessidade de passar a ações concretas a partir de algumas experiências parciais anteriores.A idéia em grandes termos seria criar uma Internacional das Comunicações do Sul, como a definiu o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que propicie o reconhecimento das nações do grupo.Entre as experiências tomadas como ponto de partida está a Telesur, o bureau de radiodifusão do NOAL e a agência de notícias do movimento, que vieram demonstrando em diversas dimensões que é possível dar passos conjuntos.Outro aspecto de relevância, foi a denúncia apresentada pelo chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, sobre o impacto negativo da crescente concentração e transnacionalização da propriedade sobre os meios de difusão, bem como o controle da publicidade.“Esta indústria –disse- substituiu a opinião pública pela opinião fabricada. Os meios fabricantes da suposta verdade, mais que indagadores sobre ela, têm-se independizado do público para depender agora do dinheiro de seus anunciantes”. Pérez Roque indicou que mais de 90 por cento das notícias transmitidas a nível mundial provém de um grupo reduzido de empresas transnacionais, o que reduz também a diversidade das fontes de informação. “Somos bombardeados continuamente por falsas alegações fabricadas contra países membros do movimento, nossas realizações são muitas vezes tergiversadas ou simplesmente silenciadas”, apontou o ministro cubano.Ao recolher um sentimento generalizado na reunião da Ilha Margarita, no Caribe venezuelano, Pérez Roque pediu unir forças para defender o direito a uma ordem internacional justa e equitativa, o principal desafio da conferência.
Fonte: Prensa
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