terça-feira, 8 de julho de 2008

MST - Eu sou nacionalista.


Projeto da então deputada Kátia Abreu-DEMO, versão de saias do Ronaldo Caiado UDR, reapresentado pelo deputado Eduardo Sciarra-DEMO, que criminaliza os movimentos que lutam pela reforma agrária foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da câmara.

“Um dos artigos do projeto dá direito a entidades patronais, como a Confederação Nacional de Agricultura e a Organização das Cooperativas Brasileiras, de controlar e monitorar as invasões de terra. Essas instituições fariam parte de um grupo – o de Gestão do Sistema Nacional de Cadastro do Programa de Reforma Agrária – que teria até poder de polícia.” (Evandro Éboli – O Globo)

À elite ruralista não incomoda andar de quatro no rastro do capital internacional, mesmo sabendo que nunca será protagonista nesse teatro do irreal que representa o mercado de comodities. As elites servis sabem que os oligopólios mundiais sempre manterão suas poltronas longe de suas bundas terceiro-mundistas. O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues tão logo saiu do governo se associou a Jeef Bush, irmão da Besta, numa pretensão de controle do mercado de etanol. Esse controle de mercado é responsável pela fome mundial uma vez que há excedente na produção de alimentos no mundo, segundo a ONU/FAO.

Terra-água-sol, petróleo pré-sal, energia tropical, Amazônia são cobiçados publicamente e sem o menor constrangimento por chefes de diversos países.

A hora não é de discutir se o vermelho da minha bandeira é mais vermelho que o da bandeira do outro ou que a foice do outro está enferrujada. A hora é de sublimar as diferenças e juntos lutarmos, enquanto é tempo, por um projeto de nação. Sei que esse papo é velho, mas é o único capaz de resgatar ou resguardar o que nos resta de soberania como nação. Chega de união só na cadeia!

O conceito de nacionalismo foi manipulado pela direita em associação com o nazi-fascismo e hoje poucos se declaram nacionalistas e outros o dizem envergonhados. Eu berro de peito cheio que sou nacionalista e quero o Brasil para os brasileiros. Penso que essa deva ser a pedra basilar para confrontar a retaguarda do atraso.

Defender o MST, alvo do projeto dos ruralistas, não é discutível – é obrigação de todos, principalmente, dos partidos que empunham as bandeiras das esquerdas e que têm a possibilidade de tornar pública essa discussão.

Enquanto isso, a 4ª frota americana, irmão gêmea da 5ª ou 7ª frota que acabaram de privatizar o petróleo do Iraque, passeia pelos mares do sul.

Colaboração do amigo de quinto poder Gilson Sampaio.
Fonte: Blog República Vermelha.

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