Oliver Stone teme censura mídia em filme com Chávez
O blog sobre cinema de O Globo publica hoje uma entrevista de Rodrigo Fonseca com o cineasta americano, vencedor de dois Oscar com “Platoon” e “Nascido em 4 de julho” . Stone diz que está tentando que seu filme South of The Border, lançado este ano no Festival de Veneza, não sofra o mesmo boicote que outros, por não ter uma visão hostil a Chávez.
— Tenho muito carinho por esse documentário. Ele foi feito no espírito de flagrar a cobertura hipócrita que a mídia americana deu a Chávez, chamando-o de ditador. A América Latina hoje tem um time de governantes, Lula entre eles, que se preocupam em ouvir quem passa fome.
Stone fala até sobre a candidatura Dilma, provocado pelo repórter:
— Não conheço a mulher (Dilma Rousseff) que Lula escolheu para concorrer nas eleições. Mas, se foi escolha dele, ela deve ser uma política progressista, e isso é um convite aos ataques dos que detêm o controle bancário no Brasil. O segredo para ela é reconhecer desde já aqueles que podem se tornar seus inimigos.
Ele está finalizando um filme sobre o mundo das finanças – “Wall Street: o dinheiro nunca dorme” - e cuidando do lançamento do documentário sobre a Venezuela:
-É importante o cuidado com “South of the border”, porque eu sofri um boicote cultural nos EUA com um projeto de formato similar, o documentário “Comandante”, no qual filmei Fidel Castro. Ele não foi lançado nos cinemas americanos, e os canais de TV daqui se recusam a exibi-lo. E ainda dizem que este país não tem censura.
A propósito, o repórter comete um ato falho. Ao escrever sobre o filme – de grande sucesso de Stone, JFK, a pergunta que não quer calar, sobre o assassinato de John Kennedy, escreve Chávez, a pergunta que não quer calar.
Tudo bem, não quer calar também a pergunta sobre por que o filme não pode ser visto logo, sem boicotes.
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