A democracia americana no Iraque tem AI-5
“A Comissão Eleitoral do Iraque confirmou neste sábado, 13, que dois proeminentes políticos sunitas não poderão participar das próximas eleições parlamentares, uma decisão que já afeta mais de 100 candidatos e que prejudica a votação de 7 de março.Ficaram de fora da disputa, entre outros, Saleh al-Mutlaq, que preside a Frente para o Diálogo Nacional, e Dafer al-Ani, que lidera a Frente do Consenso, ambos grupos de maioria sunita.” A informação foi publicada hoje pelo Estadão, e dá conta de que 511 candidaturas foram vetadas pela comissão eleitoral, formada pelo governo instalado pelos americanos no Iraque. Dos 171 casos reavaliados, 145 proibições foram mantidas e só 25 revistas.
A ideia é proibir todas as candidaturas “suspeitas” de terem ligações com o partido Baath, que foi liderado por Saddam Hussein . Embora as restrições sejam essencialmente voltadas para a parcela sunita da população, atinge as forças políticas que não estabelecem um divisor religioso na vida do Iraque, como a Lista Iraquiana, liderada pelo ex-primeiro-ministro xiita Iyad Allawi. Ele anunciou que suspendia sua campanha eleitoral por três dias em protesto contra a decisão da Comissão Eleitoral. Um dos dirigentes sunitas banidos, Saleh al-Mutlaq, é integrante desta aliança.
O Iraque pós-Saddam não é uma democracia. E, como vai, deixará de ser um só país.
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