domingo, 14 de fevereiro de 2010

BANDA LARGA - Só daqui há 104 anos.

Banda larga para todos? Pesquisa diz: só em 104 anos

Não é nenhum blogueiro esquerdista quem diz, mas Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, em matéria hoje publicada em O Globo: ao ritmo altual de expansão, o acesso universal dos brasileiros à internet rápida será alcançado no ano de 2114, daqui a 104 anos, portanto. Mas console-se, em “apenas 30 anos”, em 2040, teremos o padrão atual da Suécia, onde 37% das pessoas tinham banda larga em 2008. Claro que, produzida por uma associação de empresários, a matéria foca como culpada a alta carga tributária. Nem uma palavra sobre o fato de as teles investirem pouco e só uma ligeira menção aos preços cobrados. Não achei a matéria, de autoria de Bruno Rosa, na internet, por isso não dou o link, mas reproduzo alguns dados que ela contém:

Enquanto se discute a criação de um Plano Nacional de Banda Larga, o Brasil ainda vai levar mais de três décadas para atingir os níveis atuais da Suécia, onde 37,1% da população têm internet fixa em alta velocidade. E mantido o atual ritmo de crescimento, todos os 192 milhões de brasileiros só terão acesso à rede em… 104 anos — ou seja, em 2114. Na 60a posição, o maior país da América Latina tem apenas 5,8% das pessoas com acesso à banda larga, tecnologia essencial para o crescimento econômico e uma maior inserção do país no cenário internacional, dizem analistas do setor. A abrangência da banda larga nos países faz parte de levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados do Banco Mundial. De 2004 a 2008, a banda larga fixa avançou em média 35% ao ano no Brasil, número menor que em outras nações da América do Sul e em países desenvolvidos.

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A média de crescimento no país entre 2004 e 2008 foi de 0,9 ponto percentual. O número é menor que em países como Uruguai, que avançou dois pontos percentuais no período, Argentina (1,7 ponto) e Chile (1,4 ponto). Nos Estados Unidos, a alta média nos últimos anos foi de 3,3 pontos

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O levantamento da Firjan constatou ainda que Brasil está atrás de países emergentes, como Rússia e China.(…)a Rússia alcançaria o mesmo nível da Suécia em 2028 e a China em 2036, enquanto o acesso a toda população seria atingido em 2070 e 2094, respectivamente.

Democratização da internet com o monopólio das teles é igual à abolição da escravatura com a Lei do Ventre Livre: daqui a umas três gerações não haverá mais escravos…

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