Letra do hino "A Internacional", publicado no Blog Discuta Política.
A Internacional
Letra: Eugène Pottier, 1816-1887Música: Pierre Degeyter, 1848-1934Tradução: Neno Vasco, 1878-1923.
De pé, ó vitimas da fome!De pé, famélicos da terra!Da idéia a chama já consome,A crosta bruta que a soterra .Cortai o mal bem pelo fundo!De pé, de pé, não mais senhores!Se nada somos neste mundo,Sejamos tudo, ó produtores!
Bem unidos façamos,Nesta luta final!Uma terra sem amosA Internacional!Senhores, patrões, chefes supremos,Nada esperamos de nenhum!Sejamos nós que conquistemosA terra mãe livre e comum!Para não ter protestos vãos,Para sair desse antro estreito,Façamos nós por nossas mãosTudo o que a nós diz respeito!
RefrãoCrime de rico a lei cobre,O Estado esmaga o oprimido.Não há direitos para o pobre,Ao rico tudo é permitido.À opressão não mais sujeitos!Somos iguais todos os seres.Não mais deveres sem direitos,Não mais direitos sem deveres!
RefrãoAbomináveis na grandeza,Os reis da mina e da fornalhaEdificaram a riquezaSobre o suor de quem trabalha!Todo o produto de quem suaA corja rica o recolheu.Querendo que ela o restituaO povo só quer o que é seu!
RefrãoNós fomos de fumo embriagados,Paz entre nós, guerra aos senhores!Façamos greve de soldados!Somos irmãos, trabalhadores!Se a raça vil, cheia de galas,Nos quer à força canibais,Logo verás que as nossas balasSão para os nossos generais!
RefrãoPois somos do povo os ativosTrabalhador forte e fecundo.Pertence a Terra aos produtivos;Ó parasitas, deixai o mundo!Ó parasitas que te nutresDo nosso sangue a gotejar,Se nos faltarem os abutresNão deixa o sol de fulgurar!
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