Cuba acusa aos Estados Unidos de novas ações contra-revolucionárias
Havana, 2 jul (Prensa Latina) Cuba acusou hoje ao governo dos Estados Unidos de tramar e estimular novas provocações contra-revolucionárias, que fazem parte intrínseca de sua política subversiva e estratégia dirigida para derrocar a Revolução.
Uma declaração do Ministério de Relações Exteriores (MINREX), publicada pelo jornal Granma, denuncia, uma vez mais, a atuação ilegal da Seção de Interesses desse país (SINA) em Havana.
Precisa que esse proceder viola o acordo bilateral que deu lugar ao estabelecimento desse Escritório, as leis cubanas e as normas internacionais referendadas na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, da qual os Estados Unidos são signatários.
O texto esclarece que nas últimas semanas houve um aumento das ações provocadoras organizadas e financiadas pela SINA, o que aumenta suas atividades ingerencistas e ilegais na Ilha.
Tais fatos ocorrem -insiste a declaração- apesar das reiteradas denúncias realizadas, por sua condição de pontal da política subversiva do governo norte-americano e Estado Maior da contra-revolução interna.
Entre as mais recentes ações cita a organização de uma atividade pelo Dia dos Pais, ocasião na qual o secretário de Comércio dos Estados Unidos, o cubano-americano Carlos Gutiérrez, co-presidente da Comissão encarregada da aplicação do Plano Bush contra Cuba, dirigiu-se a um grupo de elementos contra-revolucionários através de uma videoconferência.
Menciona a realização de vários cursos para contra-revolucionários, auto-proclamados "jornalistas", dados mediante videoconferências por professores da Universidade Internacional de Flórida, com sede em Miami.
Esses funcionários públicos recebem financiamento oficial da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) especificamente para esse programa, indica a declaração.
Também faz referência à atenção personalizada oferecida por funcionários públicos diplomáticos norte-americanos às cabeças contra-revolucionarias, a quem visitam em suas próprias moradias e contatam de maneira semi-clandestina para lhes dar indicações.
Outra modalidade foi o translado de instruções diretas por pessoal diplomático da SINA aos mercenários para aumentar suas ações subversivas, incluída a incitação a atos provocadores na via pública e em lugares simbólicos como a Praça da Revolução.
O outorgamento de facilidades para aceder de maneira permanente aos centros de Internet da SINA e o fornecimento constante de dinheiro, telefones celulares, meios de comunicação, computadores e propaganda contra-revolucionária, são citados na acusação.
O MINREX dispõe de informação confirmada de que a SINA pretende organizar outras atividades ilegais e instiga aos seus mercenários em Cuba a realizar provocações na via pública, ao redor da data de 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos.
Tais atividades coincidiriam também com o término da missão em Cuba e a saída definitiva do país do chefe da Seção de Interesses dos Estados Unidos, Michael Parmly, cuja atuação escandalosa e ilícita foi denunciada no último mês de maio pelo governo cubano, ao se comprovar sua conexão e participação direta em vários fatos.
Nessa ocasião mostraram-se evidências de seu vínculo com o trasfego de dinheiro procedente do terrorista de origem cubana Santiago Álvarez Fernández-Magriñá para os grupinhos contra-revolucionários em Cuba.
A presente escalada constitui a mais recente demonstração do desespero da administração estadunidense que, frustrada ante o fracasso renovado de sua política de isolamento contra Cuba, intensifica as provocações e a subversão, afirma a declaração.
O governo de Cuba exige ao dos Estados Unidos a responder por estes fatos e demanda o cesse definitivo das atividades ingerencistas de fôlego, organização, direção, financiamento e monitoramento da contra-revolução interna por parte da SINA.
Reitera claramente que não tolerará a continuidade destas provocações e ações ilegais, instigadas pela administração norte-americana através de seus funcionários públicos diplomáticos em Havana, e responsabiliza ao governo dessa nação pelas conseqüências que possam derivar de sua resposta.
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