quarta-feira, 4 de junho de 2008

POLÍTICA - Tucanos e o malufismo:mesmos métodos.

É vergonhoso o comportamento da grande mídia, acobertando mais uma vez, os escândalos da oposição PSDB/DEM. Se fosse com o PT, teríamos manchetes colossais e o assunto sendo martelado diàriamente. Esse caso da Alston está deixando a oposição em polvorosa, pois que mais tempo menos tempo, cairá no conhecimento geral. Aí as penas vão voar para todos os lados. Vejam o que escreveu sobre o assunto o jornalista Luiz Antônio Magalhães.

O PSDB nasceu em 1988 com um discurso "ético" - seus impolutos líderes estariam abandonando o PMDB por não compactuar com os supostos métodos heterodoxos de administrar do então governador de São Paulo Orestes Quércia. Na verdade, sabe-se hoje que a heterodoxia de Quércia foi limitar o espaço dos caciques José Serra, Fernando Henrique, Mario Covas e Franco Montoro no governo do estado. Montoro e Covas, especialmente, abraçaram a questão da "ética na política" e fizeram da lisura e honestidade no trato da coisa pública uma verdadeira bandeira eleitoral.De fato, sobre Franco Montoro jamais se ouviu qualquer tipo de referência a deslizes nesta seara - chegou a demitir o filho Eugênio de uma secretaria estadual quando foi governador de São Paulo.Já sobre Mario Covas o Caso Alston começa a mostrar que as coisas não se deram tão etica e honestamente quanto os paulistas imaginavam. Ao contrário: o que se vê a cada nova revelação – além do Metrô, as propinas pagas aos secretários e integrantes do primeiro escalão da administração Covas/Alckmin envolveriam também a Eletropaulo e várias outras estatais –, é a persistência de um método que a vida inteira os tucanos atribuíram ao hoje deputado Paulo Salim Maluf, ex-governador do estado e ex-prefeito da capital, qual seja o de cobrar das empresas privadas "caixinhas" para "agilizar" a liberação de verbas ou mesmo a vitória das tais empresas em licitações públicas. Covas algumas vezes enfrentou Maluf nas urnas e não se envergonhou de bradar em alto e bom som que seu adversário seria um "ladrão" dos cofres públicos e rematado corrupto. Agora se sabe que ele e seus camaradas faziam exatamente o que diziam ser "obras de Maluf". Como diz o ditado: "macaco, olha o teu rabo"...É bem verdade, por outro lado, que os tucanos sempre foram mestres na dissimulação – agora mesmo José Serra e Geraldo Alckmin já correram a dizer que são os primeiros a desejar o esclarecimento dos fatos e o aprofundamento das investigações. Ora, ainda que no Brasil a apuração ande devagar, a nata do tucanato está nas mãos das autoridades européias (francesas e suíças), que estão investigando o episódio.Que a Alston pagou propina já é um fato, resta agora descobrir que recebeu e como dividiu o butim por aqui. Quem recebeu sua parcela sabe que recebeu, dinheiro não nasce em árvore, e é bastante provável que a verdade, neste caso específico, venha à tona por causa justamente das investigações européias. E engana-se quem imagina que Serra está achando tudo isto muito bom porque prejudica seu adversário interno Alckmin: se metade do que corre nos bastidores tucanos for verdade, vai sobrar para covistas, alckmistas, serristas e fernandohenriquistas, pois a farra da Alston não teria esbarrado nas briguinhas internas do PSDB. É ver para crer...
Fonte: blog Entrelinhas.

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