20 de diciembre de 2009, 09:42Caracas, 20 dec (PL) O presidente venezuelano Hugo Chávez assegurou hoje que a ilusão sobre seu par estadunidense, Barack Obama, morreu na XV Conferência sobre a Mudança Climática celebrada em Copenhague, Dinamarca, na semana anterior.Âá
"Em Copenhague acabou-se definitivamente a ilusão Obama. Ficou confirmado em sua condição de chefe do império e "Prêmio Nobel da Guerra". O enigma dos dois Obamas ficou resolvido", assevera Chávez em seu programa dominical.Âá
Segundo o mandatário de Venezuela, "o império (estadunidense) chegou na última hora, em 18 de dezembro, para oferecer migalhas em forma de chantagem e assim lavar a culpa marcada em seu rosto".Âá
Em frente a esta estratégia do bolso cheio, escutou-se na Dinamarca a voz clara e valente da pensadora indiana Vandana Shiva dizendo uma grande verdade, indica o líder sul-americano.Âá
Acho que é hora -cita Shiva- de que os Estados Unidos deixem de se ver a si mesmo como doadores e comecem a se reconhecer como contaminadores: um contaminador deve pagar uma compensação pelos danos e deve pagar sua dívida ecológica.Âá
Reconta o dignatário que na sexta-feira 18 chegava a seu fim sem um acordo de consenso democrático a cúpula de Copenhague: Obama montava uma reunião à parte, em uma nova violação dos procedimentos da Organização de Nações Unidas (ONU), pelo que nos vimos obrigados a impugnar qualquer resolução que não passe pelo respeito à vigência do Protocolo de Kyoto.Âá
"Respeitar e potenciar Kyoto é nossa palavra de ordem", sublinha.Âá
"Não foi possível um acordo em Copenhague pela falta de vontade política dos países ricos: os poderosos do mundo, os hiperdesenvolvidos, que não querem ceder em seus padrões de produção e consumo são tão insensatos como suicidas", denuncia o Chefe de Estado venezuelano.Âá
"O mundo à merda, e se atrevem a ameaçar meus os privilégios e meu estilo de vida", assinala o dignatário, interpretando o que estes países parecem reiterar com sua conduta.Âá
Agrega que esta é a dura verdade que não querem ouvir de quem atua baixo o imperativo histórico e categórico de mudar de rumo.Âá
"Copenhague não é um fim, o reitero, senão um começo: abriram-se as portas para um debate universal sobre como salvar ao planeta, a vida no planeta. A batalha continua", remarca Chávez. |
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